新規更新February 22, 2019 at 06:15AM
【外部リンク】
Atlas Linguístico do Amapá
191.6.125.162: nova página: Os primeiros estudos dialetais no Brasil iniciaram em 1826, com o trabalho de Domingos Borges de Barros e Visconde da Pedra Branca, mas deslanchou realmente com o lançamento do Pr...
Os primeiros estudos dialetais no Brasil iniciaram em 1826, com o trabalho de Domingos Borges de Barros e Visconde da Pedra Branca, mas deslanchou realmente com o lançamento do Projeto do Atlas linguístico do Brasil, em 1996, quando se criou um Comitê Nacional com pesquisadores de diversos estados. Com o projeto ALiB, percebeu-se a necessidade de desenvolver atlas regionais e estaduais.
Em um trabalho conjunto entre uma equipe da Universidade Federal do Amapá e um docente da Universidade Federal do Pará, influenciado pelos princípios teórico-metodológicos do ALiB, surgiu o Atlas linguístico do Amapá. Trata-se de uma obra que descreve o português brasileiro falado no Amapá numa perspectiva da geolinguística pluridimensional, que apresenta aspectos de variação diatópica e diastrática, considerando, nesta última, as variáveis idades e sexo dos falantes. Composto por 16 cartas fonéticas, 73 cartas lexicais e 30 cartas estratificadas, este livro foi elaborado com todo o rigor científico e metodológico para preencher lacunas existentes na geolinguística do Amapá. Para os interessados no assunto, é o primeiro atlas do estado.
Segundo o autor e professor Romário Sanches, o livro foi desenvolvido em três etapas, que incluíram a formação e treinamento de pesquisadores. "É um atlas que permitirá o conhecimento mais detalhado da linguagem local, refletindo que língua e cultura se juntam na história de vida das pessoas, de um lugar, de uma região", explica.
A obra, que é parte do macroprojeto de pesquisa voltado para a análise e documentação do português brasileiro na Região Norte, tem como temática central a geolinguística e a dialetologia, além de apresentar aspectos da sociolinguística variacionista. O livro objetiva evidenciar o perfil linguístico do falar amapaense no que se refere aos aspectos fonéticos e lexicais, além de fomentar as pesquisas linguísticas voltadas, sobretudo, à dialetologia, geolinguística e sociolinguística na região do estado do Amapá.
Para o autor, a importância da obra consiste na propagação e divulgação do dialeto amapaense, possibilitando a toda comunidade conhecer mais e melhor os itens lexicais que formam o repertório linguístico amapaense. "O atlas é também um rico apoio para o processo de ensino-aprendizagem da língua portuguesa local/regional, ele constitui uma obra pioneira no estado e fornecerá subsídios para o desenvolvimento de estudos e pesquisas de fenômenos linguísticos fonéticos e lexicais na região, além de contribuir para o desenvolvimento da geolinguística brasileira"
O Processo - A obra se constituiu a partir do Projeto ALAP, desenvolvido em um período de sete anos. Inicialmente, realizaram-se estudos teóricos, inquéritos experimentais, aplicação de questionários nos 10 municípios representativos do estado do Amapá, transcrição dos dados, revisão das transcrições, confecção de cartas linguísticas, organização da parte teórica e metodológica do atlas, revisão das cartas linguísticas, reorganização das cartas, leitura final e envio do material para editora.
O Atlas Linguístico do Amapá foi escrito por três autores: o professor Abdelhak Razky (UFPA/UNB); a professora Celeste Maria da Rocha Ribeiro (Unifap); e o professor Romário Duarte Sanches (UFPA/UEPA).
<gallery>
https://ift.tt/2Ir1HWN
</gallery>
https://ift.tt/2T49u0T