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Kitabatake Chikafusa
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foi um [[kuge]] (nobre da corte japonesa) do [[Período Nanboku-chō]] da [[história do Japão]]. Conselheiro de cinco Imperadores. Durante aluta entre as dinastias lutou pela [[Corte do Sul (Japão)|Corte do Sul]]. <ref></ref>
==Idéias políticas==
''Chikafusa'' escreveu algumas de suas maiores e mais importantes obras durante o reinado do [[Imperador Go-Daigo]], propondo reformas e sistemas políticos e econômicos. Compôs uma história do Japão e em vários de seus trabalhos defendeu o direito de ''Go-Daigo'' ocupar o trono. <ref name=a></ref>
''Chikafusa'', em seus escritos, mostrou uma forte aversão ao [[clã Ashikaga]], a família dominante na época em que ocupou o cargo de [[shogun]] e manteve uma rivalidade com a [[Corte do Norte (Japão)|Corte do Norte]]. Esta aversão não se baseava unicamente em que eram mais guerreiros que nobres (e, portanto, eram desajeitados e grosseiros na Corte), mas porque os ''Ashikaga'' pertenciam a um ramo menos distinto do famoso [[clã Minamoto]] do que [[Murakami Genji|ramo Murakami]], a qual pertencia o ''Ramo Kitabatake''. ''Chikafusa'' particularmente não gostava de [[Ashikaga Takauji]], o primeiro [[Xogunato Ashikaga|shogun Ashikaga]], que inicialmente tinha apoiado a reivindicação de [[Go-Daigo]] ao trono, mas por fim se juntou a ''Corte do Norte'' e prometeu destruir todos aqueles que apoiavam a ''Corte do Sul''. <ref name=a/>
''Chikafusa'' também escreveu de forma negativa sobre [[Nitta Yoshisada]], um dos mais importantes militares de ''Go-Daigo''. Ele via ''Nitta'' como um ''guerreiro'', que se diferenciava muito pouco dos ''shoguns'', e também o acusou de não ter ajudado o ''Imperador'' quando este precisou dele. De acordo ''Chikafusa'', se ''Nitta'' estivesse mais ativo no sul do país, em vez de lutar suas próprias batalhas no norte, a morte de [[Kitabatake Akiie]], seu filho poderia ter sido evitada. <ref name=a/>
==Últimos anos e falecimento==
Quando ''Go-Daigo'' morreu em [[1339]], ''Chikafusa'' estava sob forte sítio em sua fortaleza na [[província de Hitachi]]. Enviou cópias de suas obras mais importantes para o novo imperador, [[Imperador Go-Murakami|Go-Murakami]], de doze anos, para aconselhá-lo e a seus conselheiros. Embora reconhecido por suas obras escritas e seu trabalho como conselheiro imperial, ''Chikafusa'' era também um comandante competente na guerra e desobedeceu as ordens superiores do shogun em várias ocasiões. O ''Cerco de Hitachi'' durou quatro anos, e ainda que seu exército tenha finalmente se rendido ante os partidários do ''Shogun'', ''Chikafusa'' conseguiu fugir para ''Yoshino'', a capital da ''Corte do Sul'', onde ocupou o cargo de conselheiro até sua morte, em [[1354]]. <ref></ref>
==Obras==
''Chikafusa'' é considerado um dos homens mais importantes do seu tempo, junto com seu rival ''Ashikaga Takauji''. Embora seus trabalhos sejam fortemente influenciados por suas experiências pessoais e opiniões políticas, eles são os relatos disponíveis mais detalhados sobre a história do governo feudal no ''Japão'' e a linhagem dos imperadores.
Em seus trabalhos sobre a chamada linhagem imperial legítima (''Daikakuji-tō''), ''Chikafusa'' explanou sobre a questão da propriedade da terra. Em um de seus documentos afirmou que tanto o [[Shugo]] como o [[Jito]] provincial estavam "famintos por terra", e que a implementação do sistema que os criou em [[1190]] alterou a forma tradicional de se governar o país e causando inúmeras perdas para a população.
Embora os detalhes completos de suas idéias e reformas sejam desconhecidos, acredita-se que ''Chikafusa'' queria um retorno às estruturas governamentais aplicadas durante a [[Era Taihō]], em [[702]], antes do crescimento do feudalismo e do poder dos clãs samurais. Reconheceu que certos privilégios ganhos pelo [[bushi]] (famílias samurais mais importantes) e pelo [[kuge]] (nobres da corte) nesta época não deveria ser revogada, mas que era importante que o de ''regime de propriedade'' e a ''coleta impostos'' que apoiavam o poder dos ''bushi'' deveriam ser abolidas. ''Chikafusa'' via no ''bushi'' e, portanto, o ''bakufu'' (shogunato), o governo militar, como inimigo do ''Imperador''.
Em [[1339]], ''Chikafusa'' escreveu o , no qual contou a história do Japão através da análise dos reinos imperiais desde os primeiros imperadores lendários e semi-lendários até ''Go-Daigo'' e seu sucessor, ''Go-Murakami''. Foi dirigido ao jovem ''Go-Murakami'', como um guia, e também serviu como um tratado defendendo a legitimidade da ''Corte do Sul''. Foi escrito na maior parte informalmente, e compilado e editado em [[1343]]. Um dos problemas com que lidou foi a distribuição caótica e desequilibrada da terra, da qual culpou o governo. ''Chikafusa'' também culpou os funcionários do governo e os senhores feudais que reivindicavam a terra. Apontou que buscar recompensas não era um comportamento adequado, e que o que um guerreiro deveria fazer era renunciar à terra e até mesmo à própria vida em honra ao dever. Também argumentou que o caos do feudalismo derivava, em última análise, de um número ilimitado de pessoas reivindicando uma quantidade limitada de terra. <ref></ref> <ref></ref>
Outra famosa obra de ''Chikafusa'', foi ''Shokugen-Sho'', também escrita em [[1339]], era baseada principalmente nas memórias do autor, uma vez que este, sitiado em sua província natal, não poderia fazer consultas na Corte. Este trabalho descrevia as origens e a organização das agencias governamentais e suas estruturas, bem como a visão do autor sobre a promoção e designação do funcionalismo. <ref></ref>
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[[Categoria:Clã Kitabatake]]
[[Categoria:Pessoas do período Nanboku-cho]]
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