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Operação Dulcineia
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A '''Operação Dulcineia''' foi uma operação coordenada por [[Henrique Galvão]] e [[Humberto Delgado]], que teve como objetivo principal desviar o paquete português [[N/T Santa Maria|Santa Maria]], cheio de passageiros.
== Etimologia ==
Henrique Galvão liderou o assalto ao paquete [[N/T Santa Maria|Santa Maria]], chamou-lhe ''Operação Dulcineia'', do título de uma peça de teatro de [[Carlos Selvagem]] (''Dulcinéa ou a última aventura de D. Quixote'', Lisboa: Editorial Aviz, 1943).
== A operação ==
O [[sequestro]] ocorreu de 21 para [[22 de janeiro]] de [[1961]], por um grupo de 23 exilados políticos portugueses e espanhóis - integrantes da [[Direção Revolucionária Ibérica de Libertação]] (DRIL) -, que então faziam oposição política aos governos ditatoriais de [[António de Oliveira Salazar]] e de [[Francisco Franco]], sob o comando do capitão [[Henrique Galvão]] e de [[Jorge de Soutomayor]], desencadeando a chamada '''Operação Dulcineia'''. O paquete foi então chamado de "''Santa Liberdade''".<ref>O assalto ao 'Santa Maria' inː https://ift.tt/3fQGX7o Consultado em 16 mai 2017.</ref> Durante a ação foi assassinado<ref>O assalto ao 'Santa Maria', eficaz golpe publicitário. Inː ''[[Diário de Notícias]]'', 13 set 2014. Disponível emː https://ift.tt/1HHXLI4 Liquid error: wrong number of arguments (given 1, expected 2) Consultado em 16 mai 2017.</ref> o 3.º piloto, o [[Oficial náutico|oficial]] João José Nascimento Costa. A embarcação acabou por fundear no porto do [[Recife]], no Brasil, em [[2 de fevereiro]] seguinte.
Um dos oficiais de bordo ofereceu resistência e foi morto a tiro; os restantes renderam-se. O paquete mudou de rumo e partiu em direcção a África. Henrique Galvão queria dirigir-se à ilha espanhola de [[Bioko|Fernando Pó]], no [[golfo da Guiné]], e a partir daí atacar [[Luanda]], que seria o ponto de partida para o derrube dos governos de [[Lisboa]] e [[Madrid]]. Um plano [[Megalomania|megalómano]] e [[Dom Quixote|quixotesco]], condenado ao fracasso, mas que chamaria as atenções internacionais para a ditadura salazarista.
As coisas começaram a complicar-se quando o navio foi avistado por um cargueiro dinamarquês, que avisou a guarda costeira americana. Daí até à chegada dos navios de guerra foi um ápice. Vendo que tudo estava perdido, Henrique Galvão decidiu rumar ao [[Recife]] e render-se às autoridades brasileiras, pedindo asilo político, que foi aceite.
=== Outros participantes ===
* [[Camilo Mortágua]]<ref></ref>
[[Categoria:1961 em Portugal]]
[[Categoria:Oposição à ditadura portuguesa]]
== Etimologia ==
Henrique Galvão liderou o assalto ao paquete [[N/T Santa Maria|Santa Maria]], chamou-lhe ''Operação Dulcineia'', do título de uma peça de teatro de [[Carlos Selvagem]] (''Dulcinéa ou a última aventura de D. Quixote'', Lisboa: Editorial Aviz, 1943).
== A operação ==
O [[sequestro]] ocorreu de 21 para [[22 de janeiro]] de [[1961]], por um grupo de 23 exilados políticos portugueses e espanhóis - integrantes da [[Direção Revolucionária Ibérica de Libertação]] (DRIL) -, que então faziam oposição política aos governos ditatoriais de [[António de Oliveira Salazar]] e de [[Francisco Franco]], sob o comando do capitão [[Henrique Galvão]] e de [[Jorge de Soutomayor]], desencadeando a chamada '''Operação Dulcineia'''. O paquete foi então chamado de "''Santa Liberdade''".<ref>O assalto ao 'Santa Maria' inː https://ift.tt/3fQGX7o Consultado em 16 mai 2017.</ref> Durante a ação foi assassinado<ref>O assalto ao 'Santa Maria', eficaz golpe publicitário. Inː ''[[Diário de Notícias]]'', 13 set 2014. Disponível emː https://ift.tt/1HHXLI4 Liquid error: wrong number of arguments (given 1, expected 2) Consultado em 16 mai 2017.</ref> o 3.º piloto, o [[Oficial náutico|oficial]] João José Nascimento Costa. A embarcação acabou por fundear no porto do [[Recife]], no Brasil, em [[2 de fevereiro]] seguinte.
Um dos oficiais de bordo ofereceu resistência e foi morto a tiro; os restantes renderam-se. O paquete mudou de rumo e partiu em direcção a África. Henrique Galvão queria dirigir-se à ilha espanhola de [[Bioko|Fernando Pó]], no [[golfo da Guiné]], e a partir daí atacar [[Luanda]], que seria o ponto de partida para o derrube dos governos de [[Lisboa]] e [[Madrid]]. Um plano [[Megalomania|megalómano]] e [[Dom Quixote|quixotesco]], condenado ao fracasso, mas que chamaria as atenções internacionais para a ditadura salazarista.
As coisas começaram a complicar-se quando o navio foi avistado por um cargueiro dinamarquês, que avisou a guarda costeira americana. Daí até à chegada dos navios de guerra foi um ápice. Vendo que tudo estava perdido, Henrique Galvão decidiu rumar ao [[Recife]] e render-se às autoridades brasileiras, pedindo asilo político, que foi aceite.
=== Outros participantes ===
* [[Camilo Mortágua]]<ref></ref>
[[Categoria:1961 em Portugal]]
[[Categoria:Oposição à ditadura portuguesa]]
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