2018年3月20日火曜日

意味を調べるDemografia de São Carlos

新規更新March 20, 2018 at 07:23AM
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Demografia de São Carlos


Chronus: nova página: {| class="toccolours" align="right" cellpadding="4" cellspacing="0" style="margin:0 0 1em 1em; font-size: 95%;" |- ! colspan=2 bgcolor="#ccccff" align="center"| Histórico populacio...


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|-
! colspan=2 bgcolor="#ccccff" align="center"| Histórico populacional<br>
|-
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|-
|-
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|-
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|-
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|-
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|-
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|-
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|-
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|-
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|-
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|-
| align="center"| 1960 || align="right" | 61.287<ref name="jambersi">JAMBERSI, B. P.; ARCE, A. A Escola Normal e a formação da elite intelectual da cidade de São Carlos (1911–1930). ''Revista HISTEDBR'', v. 33, p. 122-141, 2009. [http://ift.tt/2DJdvfy link].</ref>
|-
| align="center"| 1970 || align="right" | 85.425
|-
| align="center"| 1980 || align="right" | 119.535
|-
| align="center"| 1991 || align="right" | 158.221
|-
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|-
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|-
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|-
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|-
| align="center"| 2007 || align="right" | 212.956<ref name="IBGE_Pop_2007">IBGE, 2007.</ref>
|-
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|-
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|-
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|-
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|-
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|-
| align="center"| 2013 || align="right" | 236.457
|-
| align="center"| 2014 || align="right" | 238.958
|-
| align="center"| 2015 || align="right" | 241.389
|-
| align="center"| 2016 || align="right" | 243.765
|}

O crescimento da população foi grande desde o século XIX, a partir de 1872. Em 1874 a cidade possuía 6.897 habitantes; em 1881, aproximadamente 10 mil habitantes. Com o começo da [[Imigração italiana no Brasil|imigração italiana]] em 1886, a população chegou a 16.104 habitantes (tendo 1050 imigrantes italianos, ou 6,5% da população total<ref>RELATÓRIO apresentado ao Exmo. Sr. Presidente da Província de São Paulo pela Comissão Central de Estatística. São Paulo: Leroy Link Boowalter, Typographia King, 1888. p. 24.</ref>) e, no fim do século, em 1899, contabilizava 10.396 imigrantes italianos, sendo a segunda maior imigração do estado. Por isso, era conhecida na [[Itália]] como "[[Denominações de São Carlos (São Paulo)#Piccola Italia|Piccola Italia]]".<ref name="cidades.com.br">CIDADES.COM.BR. ''São Carlos.'' s.d. [http://ift.tt/2pptSJA link].</ref>

Até o final do século XIX, a maioria da população de São Carlos era não branca, sendo que em 1886, [[Afro-brasileiro|negros]], [[pardos]] e [[caboclo]]s compunham 55% da população e os [[Brasileiros brancos|brancos]] somente 45%. Dos 5.950 negros e pardos existentes naquele ano no município, 2.987 eram [[Escravidão no Brasil|escravos]] e 1.277 "ingênuos", filhos livres de mães escravas que, até os 21 anos, deveriam prestar serviços aos senhores, conforme disposto na [[Lei Rio Branco]], de 1871. Ou seja, 71,6% dos negros e pardos do município eram escravos ou ingênuos. O grande número de escravos e filhos de escravos em São Carlos é explicado por tratar-se de uma região de fronteira de próspera expansão da cultura do [[café]].<ref name="vantagens">MONSMA, Karl. Vantagens de imigrantes e desvantagens de negros: emprego, propriedade, estrutura familiar e alfabetização depois da abolição no oeste paulista. ''Dados'', Rio de Janeiro,&nbsp;v. 53,&nbsp;n. 3,&nbsp;p. 509-543, 2010. [http://ift.tt/2DGaoEO link].</ref>

Com o processo de [[Abolicionismo no Brasil|abolição da escravatura]], a imigração para São Carlos cresceu enormemente, visando a substituição da mão de obra escrava por [[Imigração no Brasil|trabalhadores livres estrangeiros]], em consonância com a ideologia de [[branqueamento racial]]<ref name="nobrega">NÓBREGA, R.; DAFLON, V. T. Da Escravidão às Migrações: Raça e Etnicidade nas Relações de Trabalho no Brasil. In: ''XXVIII International Congress of the Latin American Studies Association'', Rio de Janeiro, 2009. [http://ift.tt/2pq0dAh link].</ref> da época. Em 1907, os brancos passaram a constituir a maioria, devido sobretudo à imigração italiana. Entre 1887 e 1907, o número de italianos no município aumentou dez vezes, e o de outros estrangeiros, sobretudo portugueses e espanhóis, aumentou quatro vezes.<ref name="vantagens" /> Em 1907, os 15.247 estrangeiros registrados compunham 40% da população de São Carlos, sendo que o impacto da imigração era muito maior, levando-se em conta que os filhos de estrangeiros nascidos no Brasil eram contados como brasileiros. Por outro lado, a população não branca diminuiu no município, sendo que negros e mulatos constituíam 12,5% dos habitantes. Os caboclos, descendentes aculturados de indígenas, foram eliminados do censo de 1907 e, supõem-se que alguns deles devem ter saído do município, enquanto muitos devem ter sido classificados como mulatos e alguns como brancos ou negros.<ref name="vantagens" />

Por volta de 1900, a maioria dos casamentos realizados em São Carlos envolviam cônjuges imigrantes, e quase 90% das crianças nascidas no município eram filhas de pais estrangeiros. Entre 1898 e 1918, em torno de 60% das crianças nasciam de pais estrangeiros, sendo que só a partir da [[década de 1920]] é que a maioria dos pais já eram nascidos no Brasil.<ref name="vantagens1">SPONCHIADO, D.; BASSANEZI, M. S. C. B. Dois espaços e um tempo: a dinâmica demográfica em Campinas e São Carlos 1893-1928. In: ''XVIII Congresso Interno de Iniciação Científica da UNICAMP'', 2010. [http://ift.tt/2DFCO1K link].</ref> Os censos de 1886 e 1907 mostram que a imigração estrangeira acarretou numa mudança considerável na composição étnica de São Carlos:<ref name="vantagens" />

{| class="wikitable"
|- style="background:#CCCCCC"
| '''Grupo'''
| '''1886'''
| '''1907'''
|- align="center"
|Pretos
|24,8%
|9,9%
|- align="center"
|Pardos
|12,2%
|n/d
|- align="center"
|Mulatos
|n/d
|2,6%
|- align="center"
|Caboclos
|18%
|n/d
|- align="center"
|Brancos brasileiros
|32,3%
|48,1%
|- align="center"
|Italianos
|6,5%
|29,3%
|- align="center"
|Portugueses
|2,9%
|4,3%
|- align="center"
|Espanhóis
|0,7%
|4,3%
|- align="center"
|Alemães
|2,3%
|0,5%
|- align="center"
|Outros imigrantes
|0,2%
|1,1%
|}

No século XX, o crescimento da população (a partir de 1950) foi resultado da industrialização e da consequente migração de outras regiões do estado e do país. Em decorrência, a partir de 1991, o crescimento demográfico vem sendo muito grande e rápido (de acordo com [[IBGE]]). E as novas pesquisas tem mostrado que a migração aumentou.

Na cidade, a população (de acordo com o [[censo]] de 2000), mostra considerável número de famílias e de pessoas que individualmente migraram de outras regiões (ver quadro ao lado).

<div class="center">
'''Crescimento populacional em São Carlos'''
<br>
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; Dados demográficos recentes
* [[Densidade demográfica]]: 194,5 hab/km²<ref name="IBGE_Pop_2010">IBGE. ''Cidades''. 2010. [http://ift.tt/12fgOSR link].</ref>
* [[Área]] total: 1.140,9&nbsp;km²
* [[Área urbana]]: 67,25&nbsp;km² - 6% da área total
* Área urbana ocupada: 33&nbsp;km²
* Área construída em perímetro urbano: 60%
* Área vazia: 40%
* [[Crescimento populacional]]: média anual 2,61%
* [[População]] área urbana: 95,1%
* Construção urbana 2015: 117.190<ref name="saocarlos.sp.gov.br">SÃO CARLOS. IPTU de São Carlos terá somente a reposição da inflação. 06/01/2016. [http://ift.tt/2DFCP5O link].</ref>
* Prédios cadastrados: 117.190<ref name="saocarlos.sp.gov.br"/>
* Número de [[eleitores]]: 180.180<ref name="!TSE">TSE. ''Estatísticas do eleitorado – Consulta por região/UF/município''. Jul. 2017. [http://ift.tt/1ygAari link].</ref>
* Frota de [[veículo]]s 177.014<ref>[[Departamento Nacional de Trânsito|DENATRAN/RENAEST]]. ''Homepage''. Jun. 2017. [http://ift.tt/2DFCQ9S link]</ref>
* População universitária flutuante: 29.500 (2014)
* [[Renda per capita]]: R$ 40.994,71<ref>IBGE. ''Cidades''. 2014. [http://ift.tt/2pocyEY link].</ref>
* Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM/2010): valor consolidado, 0.9036 (0.9675 educação,0.9124 saúde e 0.8310 emprego e renda) ficando na 23° posição no ranking nacional.<ref>FIRJAN. ''Consulta ao índice''. 2010. [http://ift.tt/2DFCRKY link].</ref>

Em 2010, a composição étnica era a seguinte:<ref>IBGE. ''Censo Demográfico 2010''. [http://ift.tt/2pptWJk link].</ref>

{| class="wikitable"
|- style="background:#CCCCCC"
|'''Etnia'''
|'''Percentagem'''
|-
|[[Brancos]]
|72,34%
|-
|[[Negros]]
|5,28%
|-
|[[Pardos]]
|21,56%
|-
|[[Amarelos]]
|0,74%
|-
|[[Indígenas]]
|0,09
|}

== Contribuições étnicas e migrações ==
Poucos registros existem dos primeiros habitantes do território de São Carlos, os quais eram denominados pela historiografia local de "[[guaianases]]", exterminados ou expulsos durante o século XIX.<ref>TRUZZI, 2000, p. 39-40.</ref> Entretanto, deviam ser, na realidade, povos indígenas [[tupis]] dos grupos [[Tupinambá]] e [[Tupiniquim]], e povos [[gês]] dos grupos [[Kaingang]] e [[Kaiapó]].<ref>SILVA, João Paulo da. Por uma descolonização das "memórias oficiais" regionais: (des)construindo as
narrativas históricas sobre o município de São Carlos-SP. ''Anais do Congresso de História de Jataí'', 2016. [http://ift.tt/2DEYKdx link].</ref><ref>MANO, Marcel. ''Os campos de Araraquara: um estudo de história indígena no interior paulista''. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas: Campinas, 2006. [http://ift.tt/2poLS78 link].</ref> Quanto aos posseiros, chamados "caboclos", eram lavradores vindos de regiões mais a leste. Mais tarde, foram expulsos ou absorvidos pelos empreendimentos agrícolas dos grandes fazendeiros.<ref>TRUZZI, 2000, p. 37-38.</ref>

Grande parte das famílias de fazendeiros que vieram para São Carlos no século XIX, constituindo a elite agrária, era proveniente da região do "quadrilátero do açúcar", em especial, de Piracicaba, Campinas, Itu e Porto Feliz. Algumas também partiram da capital paulista e de Minas Gerais.<ref>CONCEIÇÃO, 2015, p. 84-86.</ref>

Quanto às classes populares, foram compostas inicialmente, em grande parte, pela importação de negros escravos e, depois, de imigrantes europeus.<ref>TRUZZI, 2000, p. 37.</ref> Embora a fundação de São Carlos, em 1857, tenha coincidido com o declínio do regime escravista (o tráfico negreiro havia sido abolido em 1850), o trabalho escravo seria usado pelos fazendeiros da região por mais de 30 anos. Inicialmente, os escravos eram trazidos de municípios vizinhos. Ao final do Império, os fazendeiros passaram a importar escravos de outras regiões, em especial, das províncias nordestinas.<ref>TRUZZI, 2000, p. 40-42.</ref> Um importante local de comércio de escravos, à época, era a fazenda da Babilônia, de Manoel Cândido de Oliveira Guimarães.<ref>LEITE BRANDÃO, Marco Antônio. ''São Carlos do Pinhal nos tempos da... Casa Grande e Senzala''. s.l.: s.n., 2008. 102 p. [http://ift.tt/2DFCTm4 link] (versão preliminar); [http://ift.tt/2pptZou link] (resumo).</ref>

Às vésperas da abolição, os conflitos entre escravos e senhores aumentaram e, após ela, mantendo-se o sistema de grandes lavouras e latifúndios, restaram poucas oportunidades de inserção e mobilidade social aos escravos.<ref>TRUZZI, 2000, p. 47, 51.</ref> Mesmo antigos "escravos de confiança" passaram por dificuldades no período pós-abolição, como ocorreu no emblemático caso de Felício de Arruda Botelho.<ref>PALMA, R. ''Liberdade sob tensão: negros e relações interpessoais na São Carlos pós-abolição''. Tese (Doutorado em Sociologia) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2014, [http://ift.tt/2DEYMlF link].</ref> Muitos negros permaneceriam no meio rural, às vezes nas mesmas fazendas onde haviam sido escravos. Outros passariam para o meio urbano, em especial os nascentes bairros da Vila Nery, Vila Isabel e Vila Pureza, periferias de então, ou ainda, migrariam para outras regiões, buscando uma vida melhor ou o restabelecimento de laços de parentesco.<ref>COSTA, 2015, p. 26.</ref><ref>OLIVEIRA, Joana D'Arc de. ''Da senzala para onde? Negros e negras no pós-abolição em São Carlos-SP (1880-1910)''. Tese (Doutorado em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo) - Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2015. [http://ift.tt/2poaqNg link]. [Cf. p. 245-248.]</ref>

A primeira experiência com o trabalho imigrante em São Carlos ocorreu em 1876, quando o Conde do Pinhal financiou a vinda de alemães para sua fazenda. Na década de 1880, o município ficaria em terceiro lugar, no estado de São Paulo, no tocante ao recebimento de imigrantes, a maioria italianos.<ref>CONCEIÇÃO, S. ''Imigração e casamentos: o caso de São Carlos (1890 a 1939)''. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2004. [http://ift.tt/2DFCUq8 link]. [Cf. p. 47-48.]</ref>

A partir de 1902, com o [[decreto Prinetti]], o qual proibiu a imigração subsidiada de italianos para o Brasil, devido aos maus tratos que estes vinham sofrendo, a imigração de italianos decresceu no município. Isso favoreceria a imigração espontânea, porém, não mais de agricultores, e sim, em geral, de artesãos e operários, os quais se estabeleceram no meio urbano. Na censo dos anos 1920, nota-se o aumento de imigrantes de outras nacionalidades, como os espanhóis e portugueses. Surgem também dois novos grupos de imigrantes na cidade, os sírios e os japoneses.<ref>CONCEIÇÃO, 2004, p. 39-40.</ref> Aliás, um dos filhos do Conde, [[Carlos José de Arruda Botelho|Carlos Botelho]], teve importante papel na imigração japonesa para o Brasil, tendo sido secretário da agricultura do Estado de São Paulo quando os primeiros imigrantes japoneses chegaram ao país, em 1908.<ref>SÃO CARLOS. ''Imigração japonesa: Prefeitura realiza últimas festividades em comemoração ao centenário''. 12/12/08. [http://ift.tt/2prlkC0 link].</ref>

Na década de 1930, a população de São Carlos sofreu um decréscimo devido à crise cafeeira, havendo uma grande migração do campo para a cidade, ou ainda, para outras regiões mais interioranas de São Paulo.<ref>CONCEIÇÃO, 2004, p. 40.</ref> Após 1933, a imigração para o Brasil sofreu restrições, com a aprovação de uma [[Imigração no Brasil#Lei de Cotas|lei de cotas de imigração]]. Enquanto isso, entre os anos 1930 e 1950, em outras regiões do estado de São Paulo, tinham início importantes migrações vindas do norte de Minas Gerais e do nordeste, inicialmente direcionadas a lavouras de café mais a oeste do estado e, depois, para as indústrias da capital.<ref>NÓBREGA; DAFLON, 2009, p. 21-22.</ref>

A partir dos anos 1950, haveria uma retomada do crescimento populacional local, devido especialmente à implantação de indústrias na cidade.<ref>MACIEL, L.; BAENINGER, R. A. Evolução da população e migração nas regiões de Araraquara e São Carlos. In: BAENINGER, R.; MACIEL, L. (Org.). ''Região Administrativa Central''. Campinas: Núcleo de Estudos de População - Nepo/Unicamp, 2013. p. 9-21 (Coleção Por Dentro do Estado de São Paulo, Volume 12.) [http://ift.tt/2DFCUXa link]. [Cf. p. 12.]</ref> Os anos 1960 seriam marcados, no estado, por um intenso êxodo rural direcionado à capital. Isso seria revertido nos anos 1970, com o processo de interiorização da indústria paulista, além de novos empreendimentos agrícolas, o que ajudou a reter uma população que potencialmente migraria, além de propiciar a vinda crescente de contingentes migratórios de outras regiões.<ref>MACIEL; BAENINGER, 2013, p. 12-13.</ref>

Nos anos 1980, houve um decréscimo no ritmo de crescimento populacional no país e no estado de São Paulo, pela queda da fecundidade e das migrações interestaduais. No entanto, as regiões de Araraquara e São Carlos tiveram, à época, um crescimento populacional maior que a média estadual, em decorrência do fortalecimento de suas atividades econômicas.<ref>MACIEL; BAENINGER, 2013, p. 13.</ref>

Nos anos 1990 e 2000, os saldos migratórios na [[Região Administrativa Central (São Paulo)|Região Central]] do estado diminuíram, embora tenham permanecido positivos, respondendo por 70% a 50% de seu crescimento absoluto. Isso ocorreu tanto pela diminuição dos contingentes de migrantes interestaduais para a região, quanto pelos fluxos migratórios de retorno. Nesta época, seriam consideráveis os fluxos de imigrantes vindos da região nordeste e a imigração intraestadual, além da emigração de retorno para o Paraná e Minas Gerais.<ref>MACIEL; BAENINGER, 2013, p. 17-18.</ref>

Ainda nos anos 1990, com o movimento [[dekassegui]], muitos descendentes de japoneses deixaram a cidade.<ref>"Associação Nipo-Brasileira de São Carlos". In: PERCURSOS. São Carlos, SP: Fundação Pró-Memória, 2011. vol. 3, cartão 66.</ref>

Desde 2008, com as políticas de [[ações afirmativas]] na UFSCar, a cidade vem recebendo estudantes indígenas de diversas etnias e Estados, em especial [[terenas]] e [[umutinas]].<ref>JODAS, J. ''Entre diversidade e diferença: o programa de Ações Afirmativas da UFSCar e as vivências dos estudantes indígenas''. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2012. [http://ift.tt/2ppu1wC link]. [Cf. p. 68.]</ref>

== Religião ==

Primeiras entidades e espaços religiosos do município:<ref>RICCI, Maurício. ''Nós, os degredados filhos de Eva: angústia religiosa e alteridade entre rezadeiras do terço''. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2011. Disponível em: <http://ift.tt/2DFCWyg>
* [[Igreja Católica]], Capela de São Carlos, atual Catedral (1857)
* [[Igreja Presbiteriana de São Carlos]] (1875)
* [[Candomblé]] e [[Umbanda]]: espaço Bola Preta ou Cinzeiro (final do século XIX),<ref name="costa">COSTA, N. A. ''Espaços negros na cidade pós-abolição: São Carlos, estudo de caso. 2015''. Dissertação (Mestrado em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo) - Instituto de Arquitetura e Urbanismo, University of São Paulo, São Carlos, 2015. [http://ift.tt/2prvvq8 link].</ref> Centro de Umbanda Caboclo Folha Verde (1971)<ref>LOPES, M. ''Textos Doutrinários do Núcleo Mata Verde''. Santos, Núcleo Mata Verde, 2014. [http://ift.tt/2DFCX5i link].</ref>
* [[Espiritismo]]: Centro Espírita Maria de Jesus, atual Obreiros do Bem (1926)<ref>ASSOCIAÇÃO Espírita Obreiros do Bem. ''A instituição''. s.d. [http://ift.tt/2ppeihi link].</ref>
* [[Igreja Metodista do Brasil]] (1932)<ref>IGREJA Metodista de São Carlos. ''Nossa história em São Carlos''. s.d.[http://ift.tt/2DFCXCk link].</ref>
* [[Assembleia de Deus|Igreja Evangélica da Assembléia de Deus]]: [[Ministério de Madureira]] (1935)<ref> ENSINO Bíblico - São Carlos. ''Nossa História''. s.d. [http://ift.tt/2poEBUI link].</ref>
* [[Igreja Adventista do Sétimo Dia]] (1935)<ref>IGREJA Adventista do Sétimo Dia - Central de São Carlos. ''Breve História da Igreja Adventista em São Carlos, em imagens''. 05/08/17. [https://www.facebook.com/adoreconosco/videos/1651123134911297/].</ref>
* [[Congregação Cristã do Brasil]] (1936)<ref>SÃO CARLOS. ''Barba participa de abertura da Congregação Cristão no Brasil.'' 25/02/2011. [http://ift.tt/2DFCY9m link].</ref>
* [[Igreja Batista]] (1956, retomada em 2007)<ref>YELLOWPLACE. ''Primeira Igreja Batista de São Carlos''. s.d. [http://ift.tt/2plPM0A link].</ref><ref>MENSAGEIROS do Rei. Primeira Igreja Batista em São Carlos/SP. ''Sobre nós.'' s.d. [http://ift.tt/2DGcxAq link].</ref><ref>IGREJA Batista Betel de São Carlos. ''Comemoração - 3 anos''. 25/10/2010. [http://ift.tt/2ppu5MS link].</ref>
* [[Igreja do Evangelho Quadrangular]] (anos 1950)<ref>PREFEITO prestigia comemoração dos 60 anos da Igreja Quadrangular no Brasil. São Carlos Agora, 21/11/2011. [http://ift.tt/2DGaqfU link].</ref>
* [[Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias]] ([[Mórmons]]), Estaca São Carlos (anos 1960)<ref>MORMONSUD. ''Brasil Comemorará Aniversário de 50 Anos de Sua Primeira Estaca''. 13/04/2016. [http://ift.tt/2poczc0 link].</ref>
* Outras denominações pentecostais mais recentes, como a [[Igreja Pentecostal Deus É Amor]], a [[Igreja Internacional da Graça de Deus]], e a [[Igreja Mundial do Poder de Deus]] (anos 1980 em diante)<ref>ANTUNES, Cassiano. ''Migração, pentecostalismo e periferia urbana no bairro Cidade Aracy, interior de São Paulo''. Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião) - Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2015. [http://ift.tt/2DGbPDb link].</ref><ref>OLIVEIRA, D. J. ''Arautos do reino de Deus, militantes na terra: a atuação dos operários evangélicos no sindicato dos metalúrgicos de São Carlos e Ibaté''. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2011. [http://ift.tt/2pux1rV link].</ref>
* [[Testemunhas de Jeová]] (segunda metade do século XX)
* [[Igreja Luterana]] (1995)<ref>PORTAL Luteranos. ''Missão em São Carlos''. s.d. [http://ift.tt/2DFD152 link].</ref>
* [[Santo Daime]] (2007)<ref>CÉU da Luz da Nova Era. ''Sobre o ponto.'' s.d. [http://ift.tt/2ppuaAa link].</ref>
* [[Igreja Universal do Reino de Deus]], Catedral na antiga ABASC (2010)
* [[Budismo]] (anos 2010)<ref>BUDISMO Kadampa São Carlos. ''Sobre nós''. s.d. [http://ift.tt/1PYERTz link].</ref>
* [[Judaísmo]]: Grupo de Estudos da Congregação Israelita da Nova Aliança<ref>CONGREGAÇÃO Israelita da Nova Aliança. ''Grupo de Estudos''. s.d. [http://ift.tt/2poarki link].</ref><ref>De acordo com Hirschberg (1976), em dezembro de 1940, a primeira colónia de férias da [[Congregação Israelita Paulista]] "teve lugar na Fazenda Embaré (São Carlos, SP), que se tornou um símbolo, um conceito significativo para a comunidade judaica paulistana, mais que simples sítio de repouso." No entanto, a autora não detalha se houve participação da população local. (Cf. HIRSCHBERG, Alice Irene. Desafio e resposta: a história da Congregação Israelita Paulista desde sua fundação. São Paulo: CIP, 1976.)</ref>

Os primeiros [[cemitério]]s da cidade localizavam-se no atual Largo São Benedito e no Campo do Rui (1882).<ref name="truzi2008"/> Em 1890 foi implantado o [[Cemitério Nossa Senhora do Carmo]], na região norte.<ref name="lima"/>

Proporções das denominações em 2010:<ref>IBGE. ''Censo Demográfico 2010''. [http://ift.tt/2DEfX6Q>

{| class="wikitable"
|- style="background:#CCCCCC"
| '''Religião'''
| '''Porcentagem'''
| '''Número'''
|- align="center"
|[[Católico]]s
|65,56%
|145.519
|- align="center"
|[[Protestantes]]
|21,15%
|46.941
|- align="center"
|Sem religião
|6,06%
|13.446
|- align="center"
|[[Espiritismo|Espíritas]]
|3,73%
|8.269
|- align="center"
|[[Budismo|Budistas]]
|0,11%
|247
|- align="center"
|[[Umbanda|Umbandistas]]
|0,26%
|522
|- align="center"
|[[Judaísmo|Judeus]]
|0,02%
|45
|}

=== Igreja Católica ===
[[Imagem:Catedral de São Carlos (interior).jpg|direita|thumb|Vista da nave da Catedral de São Carlos Borromeu]]



O município é sede da Diocese de São Carlos (criada em [[1 de março]] de [[1908]]), abrangendo hoje, vinte e nove [[municípios]] da região central do estado [[paulista]] em cinco Regiões Pastorais. Compreende 70 [[Paróquias da Diocese de São Carlos|paróquias]], 14 quase-paróquias, duas capelas, uma diaconia e a [[Catedral de São Carlos|Catedral]].

A Igreja local conta com os [[Irmãos das Escolas Cristãs|irmãos lassalistas]] desde 1957. Atualmente os lassalistas administram o Colégio La Salle São Carlos, referência em educação humana e cristã.<ref>LA SALLE SÃO CARLOS. ''Quem somos''. s.d. [http://ift.tt/2ppc41g link].</ref>

Conta também com a presença da congregação dos [[salesianos]] de Dom Bosco, que tem uma presença significativa na cidade com uma obra social, o educandário (1947), atendendo em média quatrocentas crianças, as medidas socioeducativas ("LA" - Liberdade Assistida , "NAI" - Núcleo de Atendimento Integrado),<ref>ZANCHIN, C. R. ''Os diversos olhares na construção das medidas socioeducativas no município de São Carlos/SP''. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2010. [http://ift.tt/2DFD3da link]</ref><ref>SCHLITTLER, M. C. ''No crime e na medida: uma etnografia do Programa de Medidas Socioeducativas em meio aberto do Salesianos de São Carlos''. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2011. Disponível em: <http://ift.tt/2ppkAgV> escolinha de futebol, iniciação profissional, alfabetização de jovens e adultos, programas de apoio sócio-familiar, com sete oratórios festivos (atende as crianças e jovens nos finais de semana com atividades esportivas, recreativas e religiosas), com o noviciado (fase mais importante da formação do seminário salesiano) e com uma paróquia, a [[Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora (São Carlos)|Nossa Senhora Auxiliadora]].





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