2020年3月24日火曜日

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Pecchio


Tetraktys: /* Outros ramos */


[[File:Brasão Pecchio - Pectis - Pezziis - Pegiis - Petii.jpg|thumb|O brasão milanês com a grafia dominante até o século XVI, no manuscrito [https://ift.tt/2wzFssp ''Insignia urbium Italiae septentrionalis: Nobilium Mediolanensium''], Bayerische Staastbibliotek. A águia negra é um acréscimo tardio, derivada do recebimento de privilégios imperiais.]]
'''Pecchio''' é uma antiga [[nobreza da Itália|família nobre italiana]], oriunda de [[Milão]], que ganhou grande proeminência entre fins do século XV e o século XVII, assumindo as mais altas magistraturas cívicas e fazendo parte de um pequeno grupo de famílias que neste período monopolizou o poder. Lançaram ramos em Vercelli, em Veneza, na Toscana, no Trentino, na Espanha e no Brasil.

==Origens==

Suas origens estão envoltas em lendas. Uma tradição recolhida no século XVI alegava que descendiam de uma [[gens]] romana chamada Pectia,<ref name="Crescenzi"/> mas não há documentação que a sustente. Os autores antigos e modernos divergem quanto à sua origem. Segundo Franca Leverotti, eles faziam parte de um grupo de famílias de tradição mercantil que ganhou nobreza por serviços prestados ao soberano,<ref>Leverotti, Franca. "L'aristocrazia lombarda e la casa sforzesca". In: Maspoli, C. ''Stemmario Trivulziano''. Milano, 2000</ref> mas para Felice Calvi, uma tradição mercantil não é compatível com os cargos que assumiram a partir do século XIV, que vedavam o acesso a famílias desta extração, e as características do seu brasão sugerem uma origem [[feudal]].<ref name="Calvi">Calvi, Felice. ''Il patriziato milanese''. Mosconi, 1865</ref> Seja como for, segundo [[Bernardino Corio]], em 1228 já eram "poderosos", e por isso deviam ser nesta altura já bastante antigos.<ref name="Crescenzi">Crescenzi, Giovanni Pietro de. ''Anfiteatro Romano'', parte prima. Malatesta, 1648 </ref>

A grafia do sobrenome sofreu muitas transformações, gerando uma grande quantidade de variantes: De Pectis e De Pezzis são as mais antigas, logo ultrapassadas por De Pegiis, que dominou até o século XV, seguida por Pecchio, que se estabilizou como a grafia moderna a partir de meados do século XVI. Há diversas outras variantes mais raras: (de) Peggiis, Pegijs, Peghi, Pegio, Pezzi, Pezis, Pezziis, Pezzijs, Peciis, Pighii, Pecijs, Petti e Pecchi. Várias fontes atestam a identidade entre todas,<ref name="Crescenzi"/><ref>Cerioni, Lydia. ''La Diplomazia sforzesca nella seconda metà del Quattrocento e i suoi cifrari segreti''. Il centro di ricerca, 1970</ref><ref>Calleri, Marta & Mangini, Marta Luigina. "Il Centro studi interateneo Notariorum Itinera". In: Albini, Giuliana (ed.). ''Studi di Storia Medioevale e di Diplomatica'', 2017; Nuova Serie I</ref><ref>Godi, Carlo. ''Bandello: narratori e dedicatari della prima parte delle Novelle''. Bulzoni, 1996. </ref> e muitos personagens foram registrados com mais de uma, a exemplo de Federico, registrado como Pezzis, Pezzi, Petiis, Peciis, Pecijs, Pegiis; Giacomo (Pegiis, Pechio, Peghi); Caterina (Pecchis, Pecchio, Pecci), ou Girolamo (Pegiis, Pecchio, Pecchius), todos com e sem a partícula "de" antes do sobrenome.<ref name="Osio">Osio, Luigi. ''Documenti Diplomatici Tratti dagli Archivj Milanesi''. Bernardoni, 1869</ref>

Sua base primitiva se localizava no distrito de Martesana, onde tinham uma grande propriedade rural, que evoluiu para uma vila. Ali ergueram uma igreja no século XVI dedicada a Santa Maria Assunta. Em 1870 esta área foi desmembrada de Milão e emancipada, formando o núcleo da nova municipalidade de [[Cassina de' Pecchi]], denominação que homenageia a família.
[[Ficheiro:Certosa di Pavia (facciata).jpg|thumb|Fachada da Cartuxa de Pávia.]]

Antes de fins do século XIII já haviam sido confirmados como nobres, e obtiveram o [[patriciado]] em data incerta. Em 1340 Gafoynus de Pegiis era decurião (conselheiro),<ref name="Crescenzi"/> cargo que automaticamente outorgava o patriciado, caso ainda não o tivessem.<ref name="Calvi"/> Em torno de 1350 a família começou a produzir uma série de juízes, cargo que, de acordo com Crescenzi, exigia ser membro de uma família com nobreza confirmada e residência na cidade há pelo menos 120 anos, e concedia o estatuto de [[cavaleiro]]. Juízes agregados ao Colégio de Juízes recebiam estatuto adicional de cavaleiro da Igreja e [[conde palatino]]. Médicos colegiados recebiam as mesmas prerrogativas. Os Pecchio produziram diversos juízes colegiados.<ref name="Crescenzi"/> <sup>Ver nota:</sup> <ref>Os juízes colegiados não podiam pertencer a famílias de comerciantes ou que tivessem membros cobertos por infâmia pública, e também tinham o privilégio de carregar o baldaquino dos legados papais e imperiais nas procissões solenes de entrada na cidade, quaisquer ofensas recebidas eram punidas com severidade, e se houvessem recebido ferimento os autores tinham a mão direita decepada. A partir do século XVI receberam a precedência sobre todos os cavaleiros, passaram a poder conferir títulos de doutor de qualquer ciência ou arte, podiam legitimar bastardos, nomear notários e juízes ordinários, e dentre seus membros eram escolhidos os fiscais do ''[[podestà]]'', os protetores dos presos, dois assessores do Tribunal de Provisões, dois jurisconsultos, o vigário do [[Pretório]] e o delegado régio. Cf. Calvi, op. cit.</ref> Em 1364 Bernabos Nicorolo de Pegiis era co-castelão do castelo de Tricio em Piacenza.<ref>''Bollettino storico piacentino'', 1919</ref> Em 1381 Achille de Pegiis, filho do ''[[dominus]]'' Cailloto, era [[notário]] municipal.<ref>Sala, Aristide. ''Documenti per la storia della diocesi di Milano conservati nell'archivio della veneranda curia arcivescovile''. Agnelli, 1855 </ref> Antes de 1388 Arrigo era [[senador]], a mais ilustre das magistraturas cívicas, que automaticamente concedia ou confirmava nobreza hereditária.<ref name="Crescenzi"/> Em 1388 os ''domini'' Petrolus e Dionigio de Pegiis eram membros do Conselho; Dionigio de 1396 a 1404 foi um dos integrantes do Conselho dos XII ou Conselho de Provisões, Negócios e Defesa, todos nomeados diretamente pelo [[duque de Milão]], órgão de grande poder ao qual competia escolher os membros do Conselho Geral.<ref>Alberti, Regis Karoli. ''Historiae patriae monumenta, tomus XVI, Leges municipales, tomus II''. Bocca, 1876</ref><ref>Santoro, Caterina. ''Gli Offici del comune di Milano e del dominio visconteo-sforzesco: 1216-1515''. Giuffrè, 1968 </ref> A partir de 1396 o ''dominus'' Galeazzo de Pegiis (Pecchio, Pecchi), ''[[familiaris]]'' do duque [[Gian Galeazzo Visconti]], foi o primeiro [[fabriqueiro]] do complexo monumental da [[Mosteiro de Pavia|Cartuxa de Pávia]].<ref>affi, Michele. "Bernardo da Venezia, architetto della Certosa di Pavia". In: ''Archivio Storico Italiano'', serie terza, tomo IX, parte I, 1869</ref>

Em 1419 Cristoforo de Peggi era ''[[podestà]]'' de Gravedona.<ref name="Crescenzi"/> Pouco depois floresceu o ''illustrissimo domino'' Federico de Pezzis, [[escudeiro]] de confiança do duque [[Filippo Maria Visconti]], e depois [[embaixador]] na corte imperial, em Roma e possivelmente na Turquia, enviado em diversas missões diplomáticas, muito elogiado pelo duque.<ref name="Osio"/> Em 1444 Andrea de Pegis era administrador da Diocese de Como.<ref>Canobbio, Elisabetta. ''La visita pastorale di Gerardo Landriani alla diocesi di Como: 1444-1445''. UNICOPLI, 2001</ref> Cristophoro de Pegiis foi notário entre 1447 e 1450, tinha uma fábrica de vidro e foi um dos fornecedores de vitrais para a [[Catedral de Milão]] na década de 1450-60.<ref>Monneret de Villard, Ugo. ''Le vetrate del duomo di Milano: ricerche storiche'', vol. 1. Alfieri & Lacroix, 1918</ref>

==Apogeu==
Em meados do século XV inicia a fase mais brilhante da família. Battista de Pegiis (Pegis) foi tesoureiro da cidade em 1468, depois responsável pelo abastecimento de sal e em 1471 era juiz dos impostos municipais.<ref>''Civiltà ambrosiana'', Volume 21, Edizioni 1-3. Nuove Edizioni Duomo, 2004</ref> Pietro Paolo de Pegiis foi secretário e orador ducal, em 1477 foi legado ducal junto ao marquês de Saluzzo, depois legado para a Suíça, e em 1479 era legado junto ao duque da Áustria.<ref>''Raccolta storica'', Volume 1. Ostinelli, 1890</ref><ref>Comba, Rinaldo. "Ludovico II marchese di Saluzzo: condottiero, uomo di stato, mecenate (1475-1504)". In: ''Atti del convegno''. Saluzzo, 10-12 dicembre 2004, Volume 1. Società per gli studi storici, archeologici ed artistici della provincia di Cuneo, 2005</ref><ref>Giovannoni, Martina. ''Vogt Gaudenz von Matsch: ein Tiroler Adeliger zwischen Mittelalter und Neuzeit''. Tappeiner, 2004 </ref> Nesta época Achille de Pegiis foi ''podestà'' de Felizzano.<ref>''Rivista di storia, arte, archeologia della provincia di Alessandria periodico semestrale della commissione municipale di Alessandria''. Jacquemod, 1923</ref> No fim do século Cristophoro e Battista de Pegiis foram decuriões, e Giovanni Enrico de Pegiis (Pecchio) foi senador.<ref name="Crescenzi"/><ref>Scozia, Johannes de Sitoni de. ''Theatrum equestris nobilitatis secundae Romae seu chronicon insignis collegii J. P.P. judicum, equitum, et comitum inclytae civitatis Mediolani''. Malatesta, 1706</ref>

Girolamo Pecchio (Peggio) foi ''[[condottiero]]'' comandando tropas venezianas na guerra de Cambrai, participou da defesa de Pádua, Cittadella, Bassano, Marostica, Primolano e Treviso, depois serviu o rei da França e pelos seus méritos militares obteve um feudo, mas em 1500 participou de uma revolta contra o domínio francês e foi despojado dele. Em 1513 era governador de Alessandria e em 1523 era capitão de Justiça com jurisdição sobre todo o ducado, com os títulos de ''magnifico'' e ''prestantissimo''. Em 1524 recebeu o título de [[conde]].<ref>Bergamo, Romano. ''Storia dei comuni, frazioni e parrocchie della Lomellina: Mortara-Zinasco Vecchio''. EMI, 1995 </ref><ref>Formentini, Marco. ''Il Ducato di Milano: studj storici documentati''. Brigola, 1877</ref><ref>''Historiae Patriae Monumenta'', Tomo XI. Taurini, 1863 </ref><ref>Benucci, Franco. ''Stemmi di scolari dello Studio patavino fuori delle sedi universitarie''. Antilia, 2007</ref> Nesta altura alcançam seu apogeu, que se prolongaria até o fim do século XVII, quando exercem grande influência política e social. São incluídos em várias listas das famílias mais ilustres de Milão, em 1518, quando os franceses tomaram a cidade, a família foi incluída em um longo panegírico proferido diante do Senado pelo [[conde de Foix]], delegado do rei da França, exaltando as famílias locais de mais antiga nobreza e de maior distinção ainda florescentes,<ref name="Crescenzi"/> já haviam obtido os mais altos postos na administração pública,<ref>Lupi, Giovanni Battista; Bertolli, Franco; Colombo, Umberto. ''La peste del 1630 a Busto Arsizio: riedizione commentata della "Storia" di Giovanni Battista Lupi''. Bramante, 1990</ref> faziam parte de um pequeno grupo de 23 famílias que constituíam o núcleo mais sólido do patriciado,<ref>Della Peruta, Franco; Capra, Carlo; Chittolini, Giorgio (eds.). ''Storia illustrata di Milano: Milano moderna''. Sellino, 1992-1993</ref> e com elas monopolizavam o poder.<ref>Colombo, Mauro. ''Organi della pubblica amministrazione in età spagnola''. Storia di Milano, 2004</ref>
[[File:Retrato de Giovanni Battista Pecchio.jpg|thumb|left|Retrato de Giovanni Battista Pecchio, conde de Monte.]]

Giovanni Ambrogio Pecchio foi médico colegiado, decurião, cavaleiro da Igreja e conde palatino. seu filho Vittorio foi juiz colegiado, cavaleiro da Igreja, conde palatino de Latrão, conde palatino imperial.<ref name="Crescenzi"/> Francesco foi decurião, vigário das Provisões e ''podestà'' de Milão em 1530.<ref name="Crescenzi"/><ref name="Cantù">Cantù, Cesare & Brenna, Gualtieri di. ''Grande illustrazione del Lombardo-Veneto''. Ronchi, 1857</ref> Giovanni Battista Pecchio foi juiz colegiado, cavaleiro imperial e cavaleiro da Igreja, conde palatino, cavaleiro da Ordem de Santo Estêvão da Toscana, advogado fiscal do Estado, vigário das Provisões, protetor dos presos, senador e ''podestà'' em 1533.<ref name="Crescenzi"/><ref name="Cantù"/><ref>Tempio de Amore del molto magnifico et celeberrimo poeta marchese Dal Carretto. Gorgonzola, 1519</ref><ref>Rubei, Antonius (Antonio Rossi). ''Statuta seu Ius civile Mediolanensium''. Antoni, 1598</ref> Seu filho, Girolamo III Pecchio, foi senador de 1475 a 1513, juiz colegiado de 1483 a 1523 e membro do Conselho de Provisões de 1491 a 1516.<ref name="Crescenzi"/><ref name="Scozia">Scozia, Johannes de Sitoni de. ''Theatrum equestris nobilitatis secundae Romae seu chronicon insignis collegii J. P.P. judicum, equitum, et comitum inclytae civitatis Mediolani''. Malatesta, 1706</ref><ref>Pagnani, Carlo. Decretum super flumine Abduae reddendo navigabili: la storia del primo Naviglio di Paderno d'Adda (1516-1520). Pecorini, 2003</ref> Benedetto foi vigário das Provisões e ''podestà'' de Milão em 1555.<ref name="Cantù"/>

Girolamo foi juiz colegiado, cavaleiro da Igreja, conde palatino, procurador do Colégio dos Mercadores, vigário das Provisões e ''podestà'' em 1552, régio advogado-geral do Fisco em 1555, régio questor do magistrado ordinário, e em 1573 foi admitido no conselho de decuriões vitalícios, falecendo em 1577. Em 1551 foi o encarregado da delicada missão de reverter a [[excomunhão]] lançada sobre a cidade por seus cidadãos terem violado a imunidade eclesiástica. Também foi encarregado em 1553 de uma embaixada junto ao imperador Carlos V para obter o privilégio de reservar os ofícios e prebendas eclesiásticos da cidade aos cidadãos milaneses, ao mesmo tempo pleiteando a revogação da proibição do comércio com a cidade de Lyon, e de outra pleiteando a reforma nos estatutos referentes ao Estimo (levantamento fundiário e patrimonial).<ref name="Crescenzi"/><ref>''Ordini, et statuti dell'Università & collegio de' barbieri della presente città di Milano''. Monza, 1652</ref><ref>Lombardia Beni Culturali. ''Agenti ed oratori, 1553: Pecchio Girolamo, oratore alla corte. (1553 febbraio 11 - 1553 luglio 10)''</ref><ref>Salomoni, Angiolo. ''Memorie storico-diplomatiche degli ambasciatori, incaritati d'affari, corrispondenti, e delegati, che la città di Milano inviò a diversi suoi principi dal 1500 al 1796''. Pulini, 1806 </ref><ref>Chabod, Federico. ''Il ducato di Milano e l'impero di Carlo V'', Parte 1. Einaudi, 1971</ref><ref>Rurale, Flavio. ''I gesuiti a Milano: religione e politica nel secondo Cinquecento''. Bulzoni, 1992</ref> Seu irmão Benedetto foi juiz colegiado, cavaleiro da Igreja, conde palatino, embaixador na Inglaterra, vigário das Provisões e podestà em 1555, e participou da embaixada referente ao Estimo.<ref name="Crescenzi"/><ref>Lombardia Beni Culturali. ''Oratori, 1555 al 1556: Pecchio Benedetto, vicario di provvisione ed oratore in Spagna. (1555 ottobre 10 - 1556 maggio 10)''</ref> Pietro Paolo, Galeazzo, Marco Antonio e Giovanni Ambrogio Pecchio foram juízes das Provisões. Antonio Francesco foi juiz colegiado, cavaleiro da Igreja, conde palatino de Latrão e conde palatino imperial.<ref name="Crescenzi"/>
[[File:Retrato de Francesco Pecchio.jpg|thumb|Retrato do conde Francesco Pecchio, benfeitor do Luogo di Loreto e do Ospedale Maggiore.]]
Em 1601 Aluigi era abade e procurador do Colégio dos Comerciantes de Aves, Peixes e Animais Selvagens.<ref>''Statuti et ordini dell'Vniversità del pollaroli, pesci freschi, selvaticine ed ova di gallina di Milano approvati dal Senato eccellentissimo l'anno 1601''. Milano, 1708</ref> Em 1604 o jesuíta Giulio Pecchio era visitador, delegado pelo cardeal [[Federico Borromeo]].<ref>Pissavino, Paolo & Signorotto, Gianvittorio. ''Lombardia borromaica Lombardia spagnola: 1554-1659''. Bulzoni, 1995 </ref> Em 1621 Marco Antonio Pecchio foi prior da entidade beneficente Monte di Pietà, e em 1628 o conde Ambrosio Pecchio ocupou a função.<ref>Calvi, Felice. ''Vicende del Monte di Pietà in Milano''. Agnelli, 1871</ref> No século XVII Giovanni Battista Pecchio (de Petiis) foi destacado militar, decurião, comandante do regimento do Terço de Rho, combateu na Valtellina e foi mestre-de-campo de Gildarena, quando comandou um exército composto por diversos regimentos napolitanos nas lutas contra os hereges, deixando atrás de si um rastro sangrento e duas mil casas arrasadas. Os católicos da região o festejaram e foi recompensando com a [[Ordem de Malta]]. Também serviu o rei da Espanha e participou da tomada da vila de Monte, sendo recompensando com o título de conde, e em 1627 era senhor do feudo de Monte, onde havia um antigo castelo. Seus descendentes conservaram sua posse até 1782.<ref>Lavizari, Pietro Angelo. ''Storia della Valtellina in dieci libri'', Volume 2. Tipografia Elvetica, 1838</ref><ref>Ballarini, Francesco. ''Gli felici progressi de' Catholici nella Valtellina per estirpatione dell'Heresie''. Malatesta, 1613 </ref><ref>Comune di Montecino. ''Le origine''.</ref>

Em 1652 Giovanni Battista Pecchio era membro do Colégio dos Barbeiros-Cirurgiões, e Hieronymo e Benedetto Pecchio (Pecchius) eram vigários das Provisões, participando da aprovação dos Estatutos do Colégio.<ref>Vellia, Giovanni Domenico. ''Ordini, et statuti dell'Vniuersità, & collegio de' barbieri della presente città di Milano, con li suoi priuilegij, confirmationi, ed aggiunta di nuouo fatta alla giurisdittione loro dall'eccellentiss. Senato di Milano''. Monza, 1652</ref> Em 1670 o conde Aluigi Pecchio era juiz e em 1679 foi vigário das Provisões e ''podestà'' de Milão.<ref name="Cantù"/><ref>Argelatus, Phillipus. ''De monetis Italiae variorum illustrium virorum dissertationes, quarum pars nunc primum in lucem prodit''. Milano, 1750</ref> No fim do século XVII Francesco Pecchio recebeu o título de conde. Foi deputado do venerando Luogo Pio della Beata Vergine Maria dell'Abito del Carmine de 1705 a 1729 e administrador e deputado do Luogo Pio di Nostra Signora di Loreto. Faleceu sem herdeiros em 1733, doando um vasto patrimônio para o Luogo di Loreto. Deixou também a fortuna de 40 mil liras para o Ospedale Maggiore de Milão. Para homenageá-lo, o Capítulo ordenou a pintura de um retrato para sua galeria de benfeitores.<ref>''Francesco Pecchio (+ 1733)''. L'Officina dello Storico – Laboratorio di ricerca storica e di didattica dele fonti documentarie, artistiche e del territorio, 2011</ref>

==Declínio==
No século XVIII inicia o declínio da família, mas ainda surgiriam diversos personagens de relevo. Em 1719 o conde Giovanni Battista Pecchio era decurião.<ref>Saxio, Joseph Antonio. ''Possessio ss. corporum Gervasii, et Protasii martyrum Mediolano vindicata''. Malatesta, 1719</ref> Em 1738 Laura Giovanna Pecchio era superiora do Mosteiro de Santa Catarina.<ref>''Novelle letterarie pubblicate in Firenze l'anno MDCCLVII'', tomo XVIII. SS. Annunziata, 1757</ref> Giuseppe de Peciis foi conselheiro imperial.<ref>''Catalogus Bibliothecae Hungaricae Francisci Com. Széchényi: tomus I, Scriptores Hungaros et rerum Hungaricarum''. Siessianis, 1803</ref> Em 1827 o conde Giovanni Edoardo de Pecis (de Pegis) fez uma grande doação de pinturas, estátuas e objetos de arte para a [[Pinacoteca Ambrosiana]], aumentada em 1835 pela sua irmã Maria.<ref>Colussi, Paolo & Chiancone, Claudio. "Cronologia di Milano dal 1821 al 1830". In: Colussi, Paolo & Toffo, Mariagrazia. ''Storia di Milano''. Milano, 2002-2012 </ref> Em 1836 Giovanni Pecchio era ouvidor do Tribunal de Primeira Instância do Cível.<ref>''Guida di Milano per l'Anno Bisestile 1836'', Anno XIII. Bernardoni, 1836</ref> Pietro Pecchio, engenheiro e arquiteto, em 1836 era diretor da Real e Imperial Contabilidade Central, em 1850 era imperial e real conselheiro de Governo, diretor emérito da Real e Imperial Contabilidade e membro da comissão administrativa da Caixa de Poupança, da qual foi deputado em 1854.<ref>''Guida Statistica della Provincia di Milano''. Pirola, 1850</ref>Em 1854 Angelo Pecchio era sacerdote da Veneranda Penitenzieria, Luigi Pecchio era sacerdote e catequista da escola da paróquia de Gustalla, e Enrico Pecchio era pároco de Sant'Agata.<ref>''Indice generale degli atti del Municipio di Milano 1859-1873''. Pirola, 1875 </ref>

[[File:Giuseppe Pecchio.png|thumb|left|Giuseppe Pecchio.]]
Giuseppe Pecchio (1785-1835), filho de Antonio e Francesca Goffredo, político, economista, educador, escritor, poeta e patriota, foi provavelmente o mais famoso membro da família e uma figura relevante no processo de libertação e [[unificação italiana]]. Começou sua carreira aos 25 anos como assistente do Conselho de Estado do Reino da Itália napoleônico, atuando nos departamentos de Finanças e Interior, sendo demitido com a queda do reino em 1814. Frequentou o salão de Matilde Dembowski, o reduto dos [[liberais]], e colaborou com o jornal ''Conciliatore'', escrevendo dezenas de artigos contra a política do governo de ocupação austríaco, tendo censurada a publicação do seu ''Saggio storico sulla amministrazione finanziaria dell'ex Regno d'Italia dal 1802 al 1814''. Neste período, junto com [[Federico Confalonieri]] e [[Luigi Lambertenghi]], introduziu na Lombardia o método de ensino lancasteriano. Entrou para o grupo dos ''Federati'' e se refugiou em Florença, onde se reuniu a conspiradores toscanos. Em 1819 foi nomeado deputado da Congregazione Provinciale de Milão, mas foi sempre mantido sob vigilância. Viajou por muitas cidades italianas e estrangeiras buscando apoios, e participou das insurreições lombardas. Em 1823 foi processado e condenado à morte por alta traição, mas conseguiu fugir, passando a perambular pela Suíça, Espanha, Portugal e Grécia, período em que escreveu algumas das suas principais obras, como ''Sei mesi in Ispagna nel 1821'', ''Lettere di Giuseppe Pecchio a Ledi G. O.'', ''Tre mesi in Portogallo nel 1822'' e ''The Journal of military and political events in Spain during the last twelve months''. Acabou se radicando na Inglaterra, onde desempenhou um papel importante como intermediário entre os conspiradores e o governo britânico e como uma das principais autoridades sobre o tema dos exilados políticos italianos. Lá publicou, entre outras obras, ''Relazioni degli avvenimenti della Grecia nella primavera del 1825'', que foi um sucesso de público e lhe garantiu a cátedra de Línguas Modernas no Manchester College de York. Faleceu em Brighton.<ref>Riva, Elena. "Pecchio, Giuseppe". In: ''Dizionario Biografico degli Italiani'', Volume 82. Istituto della Enciclopedia Italiana, 2015</ref> Além desse papel político, segundo Maurizio Isabella, Giuseppe Pecchio "pode ser considerado o fundador da economia política do [[Risorgimento]]. Seguindo a linha de Pietro Custodio, Pecchio popularizou na Itália e na Europa o pensamento econômico italiano do Iluminismo, atualizando o seu significado à luz das necessidades do Risorgimento. De fato, ele legou para as gerações seguintes a ideia de economia pública como uma 'ciência do amor à Pátria'. Embora seu quadro teórico e conceitual permanecesse ainda parcialmente ligado às idéias dos economistas italianos do século XVIII, era um grande admirador de [[Adam Smith]] e [[Thomas Malthus]], e em seus escritos comemorou o modelo de desenvolvimento inglês, defendendo-o contra seus detratores".<ref>Isabella, Maurizio. "Pecchio, Giuseppe". In: ''Il Contributo italiano alla storia del Pensiero – Economia''. Treccani, 2012</ref> Foi elogiado por [[Lord Byron]], que deixou longo testemunho sobre ele, do qual segue um trecho:

::"Giuseppe Pecchio, um lombardo e milanês, foi o único revolucionário ou liberal italiano de quem eu realmente gostei, ou com quem eu poderia manter uma intimidade e amizade ininterrupta até o fim. Ele tinha mais inteligência, mais informação geral e mais genialidade do que todo o resto dos ''Liberali'' juntos. Ele também era um sujeito pequeno, espirituoso e viril, extremamente ativo, empreendedor e cheio de recursos e coragem. Pecchio foi sempre franco, sincero e direto. A maioria dos refugiados italianos na Inglaterra dizia que nunca haviam feito nada para merecer de seus vários governos o exílio ou qualquer outra dor ou pena; que haviam sido injustamente condenados pela evidência de testemunhas subornadas e contratadas; que eram tão inocentes quanto tantos cordeiros balidos, e que a infâmia eterna repousaria sobre seus príncipes e governos por sua condenação, exílio e sofrimento em uma terra estrangeira. [...]

::"Giuseppe Pecchio estava muito acima desse equívoco e duplicidade. Ele confessou francamente que havia conspirado contra o governo lombardo-veneziano-austríaco e fizera tudo o que pôde para derrubá-lo, embora nunca recorrendo a assassinatos ou insurreições populares violentas, e se os austríacos o tivessem apanhado quando ele estava fugindo do país, eles teriam sido justificados pelas leis do Império ao enforcá-lo, ou ao mandá-lo para as masmorras de Olmutz ou Spielberg, para ficar em companhia de seus amigos, o Conde Gonfaloniere e [[Silvio Pellico]]".<ref>Lord Byron. ''Reminiscences of a Literary Life''. In: Lord Byron & His Times. Lordbyron.org.</ref>

==Outros ramos==
[[File:Retrato de Luigi Pecchio Ghiringhelli.jpg|thumb|Retrato do conde Luigi Pecchio Ghiringhelli, benfeitor do Ospedale Maggiore.]]
Andrea de Pegii casou com Beatricia Ghiringhelli, fundando o ramo Pecchio-Gheringhelli, que estabeleceu sua base principal em Lodi e ganhou o título de condes e um brasão aumentado. Francesco foi referendário ducal em 1495; seu filho Giovanni Pietro foi preboste em Fiorenzuola Piacentina e ali recebeu o título de comendador perpétuo, mas abandonou a Igreja para casar-se com Francesca Calchi, e da sua prole surgiram decuriões, juízes, médicos e cavaleiros das ordens de Malta e Santo Estêvão.<ref name="Crescenzi"/> O conde Luigi Pecchio Ghiringhelli, filho do conde e decurião Giovanni Battista e da ''domina'' Laura Calderari, foi feudatário de Monte, decurião de Milão e juiz das estradas, deixou o vultoso legado de 81 mil liras para o Ospedale Maggiore de Milão, sendo homenageado com um retrato na galeria dos benfeitores.<ref>Canetta, Pietro. ''Notizie Storico-Biografiche dei Benefattori dell'Ospedale Maggiore di Milano''. Tipografia Sociale, 1880</ref> Francesco Maria Pecchio Ghiringhelli Rota, morto em 1710, foi engenheiro colegiado e cavaleiro de Malta; seu filho Antonio Maria foi engenheiro colegiado, assim como seu neto Camillo.<ref>Giardino, Federica. "Gli ingegnieri a Milano in età teresiana e giuseppina: strategie familiar, estrazione sociale, patrimoni". In: Bigati, Giorgio & Canella, Maria (eds.). ''Il Collegio degli ingegneri e architetti di Milano. Gli archivi e la storia''. FrancoAngeli, 2008</ref> No século XIX Gerolamo Pecchio Ghiringhelli foi arcipreste de Santa Balbila e Francesco Maria Pecchio Ghiringhelli Rota foi preposto de Santa Balbila.<ref>Parma, Giuseppina (ed.). ''Luigi Biraghi. Lettere alle sue figlie spirituali Volume 3 1850 – 1874-79''. Editrice Queriniana, 2003</ref><ref>''Guida di Milano per l'Anno Bisestile 1836, Anno XIII''. Bernardoni, 1836</ref> Aristide Pecchio Ghiringhelli Rota foi cavaleiro, jornalista, advogado, professor de língua italiana, empresário e cônsul em Caracas.<ref>''Manuale della provincia di Como''. Ostinelli, 1891</ref> A nobreza deste ramo foi confirmada em 1788 e 1817.<ref>Spreti, Vittorio. ''Enciclopedia storico-nobiliare italiana'', vol. V. Milano, 1928-32 </ref>

Outro ramo se fixou em Veneza, onde foi grafado principalmente Pechis e Pichi. Viveram como comerciantes. Adotaram um brasão diferente, com seis rosas. Chegaram com a fama de serem família distinta, em 1440 foram recebidos na classe dos ''[[cidadania original de Veneza|cittadini originarii]]'' e, segundo o cronista [[Emmanuele Cicogna]], se tornaram respeitados como uma família ilustre pela nobreza e por méritos de serviço. O fundador deste ramo é Lodrisio Pecchi, pai de Giovanni Ambrogio, pai de Lodrisio, pai de Ambrogio, pai de Giovanni Luigi Pecchio, casado com Giulia Rho, morto em 1485 e enterrado na Igreja de São Sebastião.<ref>Cantù, Cesare. ''Scorsa di un lombardo negli archivj di Venezia''. Civelli, 1856 </ref> Francesco filho de Luigi era notário em 1667. Giuseppe, morto em 1755, foi descrito por Cicogna como "amantíssimo das antiguidades, reunindo uma importante coleção. Não menos excelente era sua poesia, escrita na língua rústica paduana e no dialeto vêneto. Deixou uma comédia e outras obras, parte em manuscrito, parte impressas, mas especialmente o vivo ''Divertimento autunnale ''impresso por Conzatti em Pádua em 1747, o qual subtitulou como ''Tradução do Toscano para a Língua Veneziana, de Bertoldo, Bertoldin e Cacasenno''. <sup>Ver nota:</sup> <ref>''Bertoldo, Bertoldin e Cacasenno'' é o título de um popularíssimo ciclo de três novelas burlescas escritas por [[Giulio Cesare Croce]] (duas primeiras) e [[Adriano Banchieri]] (a última) e publicadas em 1620, recebendo múltiplas edições posteriores.</ref> Ao morrer deixou manuscrita uma nova tradução dos seis primeiros livros da [[Eneida]] em língua veneziana".<ref>Cicogna, Emmanuele Antonio. ''Delle Inscrizioni Veneziane Raccolte ed Illvstrate'', Volume 4. Orlandelli, 1834</ref>

Outro grupo fixou-se no Trentino, fundado pelo nobre Dominico, alcunhado ''Il Milano'', sua esposa a ''domina'' Margherita, e Alberto de Pezzis. Fixaram-se inicialmente em Cressino, e em 1577 compraram um latifúndio entre Sporminore e Spormaggiore, chamado Maso Milano, em cuja sede inscreveram "Milano 1577", em memória de suas origens milanesas.<ref>Comune di Sporminore. ''Maso Milano''.</ref> A maioria dos seus descendentes permaneceu em Cressino, onde fundaram uma grande ferraria ativa até o século XIX, e o grupo que administrava o Maso Milano vendeu a propriedade e mudou-se para Dercolo no século XVII, onde entraram para a ''[[vicinanza|vicinia]]'' comunal e assumiram muitos postos na administração pública. No Trentino o sobrenome fixou-se como Pezzi.<ref name="Maines">Maines, Mariano. ''Una Piccola Comunità si Racconta: Dercolo e Cressino 1725-1993: dalla Regola al Brasile ai nostri giorni''. Saturnia, 2014</ref> Em 1681 Bartolomeo Pezzi era o ''regolano'' de Dercolo (presidente do Conselho e chefe do Executivo). Em 1725 a comuna reestruturou sua Carta de Regras (a constituição estatutária da comuna), participando dos trabalhos Bartolomeo Pezzi, ferreiro, mais Giovanni, tecelão e ''saltario'' (oficial com atribuições de provedor, fiscal, polícia e custódio dos bens públicos). Poucos meses depois foram acrescentados novos artigos à Carta, com a participação de Giovanni e Bartolomeo. No ano seguinte a Carta sofreu outras alterações, e na assembleia estavam presentes Bartolomeo, na posição de cônsul, tendo como conselheiros Andrea e Giacomo.<ref>Giacomoni, Fabio. ''Carte di regola e statuti delle comunità rurali trentine'', Volume 1. Jaca Book, 1991</ref> Em 1792 Pietro Pezzi era ''regolano'' e Simon Pezzi era cônsul.<ref name="Maines"/> O ''domino'' Bortolo foi conselheiro e em 1804 foi eleito como ''sagravo'' (''saltario'' extraordinário) responsável pela custódia dos bosques, junto com Giuseppe, ''sagravo'' das estradas, e Giacomo, ''saltario'' dos campos. Andrea, irmão de Bortolo, foi padeiro e o responsável pela primeira padaria pública de Dercolo. Em 1842 outro Bartolomeo, padre, mandou erguer a Capela dell'Addolorata em Cressino, financiando pessoalmente toda a despesa. A capela foi consagrada no ano seguinte pelo pároco de Denno como oratório privado, concedendo-lhe o privilégio de ter missa nos dias de festa. Pouco depois foi dotada de um fundo para sua conservação e ganhou o estatuto de capela pública, ficando sua administração sob a responsabilidade do cura local.<ref name="Maines"/> Giovanni, filho de Pietro, nascido em Dercolo em 1847, herdou a cantina do pai e foi grande industrial do vinho e destilados, premiado em várias exposições, também com interesses na agricultura e águas minerais, figura ilustre e benemérita da comunidade e fundador de um orfanato, chegou a ocupar os cargos de vice-podestà de Mezzolombardo, sindico apostólico do convento e conselheiro da Câmara de Comércio e Indústria de Rovereto.<ref>Enrico De Barbieri – Geopolitica Consulenza Organizzazione. ''Le origini: Giovanni Pezzi''.</ref> Em 1895 don Elvio foi cura de Sporminore, fundou a Cassa Rurale di Risparmio e Prestiti di Sporminore e foi seu primeiro presidente, e em 1902 fundou a Scuola dell'Infanzia no antigo Maso Milano. Ainda hoje a família floresce com grande número de membros.<ref>"Ci son Fiori e Fiori". Aprile Dolci Fiore - Consigli, itinerari, appuntamenti e proposte vacanza per festeggiare la fioritura dei meli e non solo, 2014</ref> Renzo e Rosanna foram conselheiros de Campodenno (comuna que incorporou Dercolo), Ivano foi conselheiro e vice-prefeito de Campodenno e vice-presidente do Parco Naturale Adamelo Brenta.<ref>Comune di Campodenno. ''Verbale di Deliberazione N. 03/2002''</ref><ref>Corriere della Sera. ''Campodenno: Politici: Ivano Pezzi''.</ref><ref>Parco Naturale Adamelo Brenta.'' Giunta Esecutiva''.</ref> Flavio foi conselheiro de Campodenno por quatro legislaturas e por dez anos foi presidente da Confederação de Agricultores do Trentino, tem um hotel e uma fazenda de mel premiado com primeiro lugar na 10ª edição do festival regional ''Pomaria''.<ref>"Flavio Pezzi confermato presidente della Cia". ''Corriere delle Alpi'', 08/02/2007</ref><ref>Chini, Federica. "Pomaria, un'edizione con il botto". ''L'Adige'', 13/10/2014</ref>
[[File:Pedra fundamental da comunidade de São Romédio em Caxias do Sul.jpg|thumb|Placa comemorativa na pedra fundamental da Sociedade Igreja de São Romédio, que estruturou a Comunidade.]]

Contudo, ao longo do século XIX Dercolo passou por repetidas crises e privações, que levaram a um empobrecimento generalizado da população, desencadeando um grande êxodo emigratório no qual perdeu dois terços da sua população.<ref name="Maines"/> Várias famílias Pezzi saíram de Dercolo em direção ao Brasil, fixando-se principalmente em [[Caxias do Sul]], onde estiveram entre os pioneiros da colonização e deram origem a uma das mais tradicionais e ilustres famílias locais, produzindo muitos políticos, vereadores, empresários e beneméritos. O grupo maior se radicou na zona rural, estando entre os fundadores da [[Comunidade de São Romédio]], onde se dedicaram principalmente à agricultura, com grandes produtores de vinho, como Pietro, Emílio e José Pezzi. Pietro foi um dos líderes comunitários, e junto com suas irmãs Angela e Teresa, foi um dos fundadores da primeira Igreja de São Romédio. Um grupo menor, porém mais notório, se fixou na sede urbana, fundado por [[Abramo Pezzi]], celebrado professor.<ref name="Frantz"/> Segundo [[Mário Gardelin]], "os Pezzi por muitos anos, na fase heroica de Caxias do Sul, se fariam presentes no seu Conselho ou na Câmara de Vereadores. É uma família que conquistou lugar indelével nas lembranças de nossa comunidade, assim como ocorreu na Câmara de Indústria e Comércio".<ref>Gardelin, Mário & Costa, Rovilio. ''Colônia Caxias: Origens''. EST, 1993</ref> Ruas, escolas e monumentos preservam o nome da família. De Caxias partiram ramos para Porto Alegre, São Marcos, São Francisco de Paula, Farroupilha e várias outras cidades brasileiras.<ref name="Frantz">Frantz, Ricardo André Longhi. ''Crônica das famílias Artico e Longhi e sua parentela em Caxias do Sul, Brasil: Estórias e História - Volume I''. Academia.edu., 2015-2020, pp. 174-280</ref>
==Ver também==

*[[Ducado de Milão]]
*[[Nobreza da Itália]]

[[Categoria:Famílias nobres da Itália]]

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