2019年7月7日日曜日

意味調べるSistema de castas nas colônias espanholas

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Sistema de castas nas colônias espanholas


Samuelgrillo: Criado ao traduzir a página "Casta"




[[Ficheiro:Ignacio_María_Barreda_-_Las_castas_mexicanas.jpg|miniaturadaimagem|409x409px|Ilustração do sistema de castas no [[México|Mexico]].]]

A '''casta''' era um termo para descrever indivíduos mestiços na [[Colonização espanhola da América|América espanhola]], resultante da união de [[Brancos|brancos europeus]] (''españoles''), [[ameríndios]] (''indios'') e [[Negros|africanos]] (''negros'').

As categorias raciais tinham consequências legais e sociais, uma vez que o status racial era um princípio organizador do domínio colonial espanhol. Durante os séculos XVII e XVIII, as elites europeias criaram um complexo sistema hierárquico de classificação racial.O '''sistema de castas''' ou a '''sociedade de castas''' foi usado nos séculos XVII e XVIII na [[Nova Espanha]], uma vasta área de terra que começava logo abaixo do Alasca e se estendia até o [[istmo do Panamá]], além de todo o [[Caribe]], a [[Flórida]] e as [[Filipinas]], para classificar formalmente as pessoas [[Miscigenação|mestiças]] que nasceram durante o período pós-conquista.

O processo da mescla de etnias por meio da união de pessoas de diferentes [[Raças humanas|raças]] era conhecido como mestiçagem (em [[Língua castelhana|espanhol]]: ''mestizaje''). Na lei colonial espanhola, as castas mestiças eram classificadas como parte da ''república de espanholes'' e não da ''república de indios'', que colocava os ameríndios fora da esfera hispânica. Outra terminologia para classificação é a categorização baseada no grau de integração à [[Hispânicos|cultura hispânica]], que distinguia entre ''gente de razón'' (hispânicos, literalmente, "gente da razão") e ''gente sin razón'' (nativos não-aculturados), que existia simultaneamente e apoiava a ideia do sistema de classificação racial. Criado pelas elites hispânicas, o sistema de castas variava em grande parte devido ao nascimento, cor, raça e origem dos tipos étnicos.

O sistema de casta eras mais que uma classificação sócio-racial. Ele tinha efeitos em todos os aspectos da vida, incluindo economia e tributação. Tanto o estado colonial espanhol quanto a Igreja exigiam mais pagamentos de impostos e tributos daqueles de categorias sócio-raciais mais baixas.<ref name="cahill1"></ref><ref name="mm1"></ref> Relacionado às idéias espanholas sobre a pureza do sangue (que historicamente também se relacionava com a [[reconquista]] da Espanha dos [[mouros]]), os colonos estabeleceram um sistema de castas na América Latina pelo qual o status sócio-econômico de uma pessoa geralmente se correlacionava com raça ou mistura racial no histórico familiar, ou simplesmente no [[fenótipo]] (aparência física) se o histórico familiar era desconhecido.

Desde o período colonial, quando os espanhóis controlavam a região, muitas pessoas ricas e altas autoridades governamentais eram de origem peninsular (ibérica) e/ou européia, enquanto os que possuíam ancestrais africanos ou indígenas, ou pele escura, geralmente estavam na base da pirâmide social. Quanto mais "branca" fosse a ancestralidade que uma pessoa podia reivindicar, maior o status a que poderia subir; Inversamente, traços associados com negros ou indígenas significavam menos oportunidades.

As pinturas de casta eram uma nova forma de arte secular produzida principalmente no México do século XVIII. Uma exceção notável à natureza secular do gênero é a pintura de 1750 de [[Nossa Senhora de Guadalupe (México)|Virgem de Guadalupe]] de [[Luis de Mena]] com as castas.<ref>Sarah Cline, [https://ift.tt/2RXiL7Y "Guadalupe and the Castas: The Power of a Singular Colonial Mexican Painting."] Mexican Studies/Estudios Mexicanos Vol. 31, Issue 2, Summer 2015, pages 218-46.</ref>

== Etimologia ==

''Casta'' é uma palavra ibérica (existente em espanhol, português e outras línguas ibéricas desde a Idade Média), que significa "linhagem", "raça" ou "raça". É derivado da antiga palavra latina ''castus'', "casto", implicando que a linhagem foi mantida pura.<ref>"Caste," ''Merriam-Webster's Collegiate Dictionary'', 10th edition. (Springfield, 1999.)</ref><ref>"Caste," ''New Oxford American Dictionary'', 2nd edition. (Oxford, 2005).</ref>

== "Pureza de sangue" e a evolução da classificação racial ==
A ideia de "pureza de sangue", (''limpieza de sangre''), originada sob o [[Al-Andalus|domínio mouro]], desenvolveu-se na Espanha cristã para denotar aqueles sem a "mácula" da herança ("sangue") judaica (ou, mais tarde, muçulmana/moura). Ela estava diretamente ligada à religião e às noções de legitimidade, linhagem e honra após a reconquista do território mouro pela Espanha. Foi institucionalizada durante a [[Inquisição espanhola|Inquisição]].<ref>Maria Elena Martinez, ''Genealogical Fictions: Limpieza de Sangre, Religion, and Gender in Colonial Mexico,'' Stanford: Stanford University Press 2008, p. 265.</ref> A Inquisição só permitia que espanhóis que pudessem provar não ter sangue judeu e mouro emigrassem para a América Latina. Tanto na Espanha quanto no Novo Mundo os [[cripto-judeus]] (convertidos que continuavam secretamente praticando o judaísmo) eram agressivamente perseguidos. Alguns emigraram como comerciantes portugueses para a [[Cidade do México]] e [[Lima]], após a bem sucedida [[Guerra da Restauração|revolta de Portugal em 1640]] contra a [[Coroa Castelhana]]. Diversos [[autos de fé]] espetaculares na Nova Espanha, em meados do século XVII, caracterizavam a punição pública dos condenados por serem "judaizantes".<ref>Jonathan I. Israel, ''Race, Class, and Politics in Colonial Mexico, 1610-1670.'' Oxford: Oxford University Press 1975, pp. 245-46.</ref>

Na América espanhola, a ideia de pureza de sangue era de uma forma complexa ligada a idéias de raça, particularmente pertencente à mistura de brancos (''"españoles")'' e não-brancos (índios e castas de raça mista). Os espanhóis ficaram obcecados com a linhagem, após a expulsão de mouros e judeus, e forçaram a conversão daqueles que escolheram permanecer. Evidências de falta de pureza de sangue tinham consequências para o casamento, elegibilidade para cargos, entrada no sacerdócio e emigração para os territórios ultramarinos da Espanha. Ter que produzir registros genealógicos para provar a ascendência de alguém deu origem a um comércio na criação de falsas genealogias.<ref>Martinez, ''Genealogical Fictions'', p. 266-67.</ref>

Quando o conceito de pureza de sangue foi transferido para as colônias, se mantiveram as preocupações sobre a ascendência contaminada de judeus ou muçulmanos em uma linhagem familiar. Durante as primeiras décadas coloniais, os espanhóis no Novo Mundo tinham uniões e casamentos com mulheres indígenas, resultando em gerações de crianças mestiças. No final do século XVI, algumas investigações de ancestralidade classificaram como "manchas" qualquer ligação com negros africanos ("negros", que resultaram em "[[Mulato|mulatos]]") e às vezes misturas com indígenas que produziam mestiços.<ref name="Martinez, p. 267">Martinez, ''Genealogical Fictions'', p. 267.</ref> Enquanto algumas ilustrações do período mostram homens de ascendência africana vestidos com roupas da moda e como aristocratas no ambiente de classe alta, a ideia de que qualquer indício de ancestralidade negra era uma mancha foi desenvolvida no final do período colonial. Era ilustrada nas pinturas de hierarquia racial do século XVIII, conhecidas como pinturas de casta.

A ideia na [[Vice-Reino da Nova Espanha|Nova Espanha]] de que o sangue nativo ou "índio" (indio) em uma linhagem era uma impureza pode ter surgido quando se desvaneceu o otimismo dos primeiros [[Ordem dos Frades Menores|franciscanos]] sobre a criação de sacerdotes indígenas treinados no Colégio de Santa Cruz de [[Tlatelolco]], que cessou essa função seminarista em meados do século XVI. Além disso, a nobreza indígena, que era reconhecida pelos colonos espanhóis, havia declinado em importância, e havia menos casamentos formais entre espanhóis e mulheres indígenas do que durante as primeiras décadas da era colonial.<ref name="Martinez, p. 267" /> No século XVII, na Nova Espanha, as ideias de pureza de sangue tornaram-se associadas a "espanholidade e brancura, mas vieram trabalhar em conjunto com categorias socioeconômicas", de modo que uma linhagem com alguém que realizava trabalhos manuais foi manchada por essa conexão<ref>Martinez, ''Genealogical Fictions'', p. 269.</ref>

Os indígenas do México Central também foram afetados por ideias de pureza de sangue, porém em sentido inverso. Decretos reais sobre a pureza do sangue foram firmados pelas comunidades indígenas, que impediram os índios de ocupar cargos que tinham quaisquer não-índios (espanhóis e/ou negros) em sua linhagem. Nas comunidades indígenas, "[[Cacique|caciques]] e governantes locais recebiam um conjunto de privilégios e direitos com base em suas linhagens pré-hispânicas e na aceitação da fé católica".<ref>Martinez, ''Genealogical Fictions'', p. 270.</ref> Os nobres indígenas submeteram provas (''probanzas'') de sua pureza de sangue para afirmar seus direitos e privilégios que foram estendidos a eles e suas comunidades. Isso apoiou a ''república de índios'', uma divisão legal da sociedade que separava os indígenas dos não-índios (''república de españoles'').<ref>Martinez, ''Genealogical Fictions'', p. 273.</ref>

Em meados do século XVIII, o ritmo da mistura racial (''mestizaje'') aumentou na Nova Espanha, as mudanças políticas das [[reformas borbônicas]] privilegiaram os espanhóis peninsulares sobre os espanhóis nascidos na América e as pinturas de casta começaram a ser produzidas em grande número no México. Foi também nesse período em que o poder do sistema de castas diminuiu significativamente.<ref>Dennis Nodin Valdés, "The Decline of the ''Sociedad de Castas'' in Mexico City".'' PhD dissertation, University of Michigan, 1978.''</ref>

== Castas ==
[[Ficheiro:Cabrera_Pintura_de_Castas.jpg|miniaturadaimagem|''De español y mulata, morisca''. [[Miguel Cabrera]], 1763]]

Na [[América espanhola]] (e em muitos outros lugares), as categorias raciais eram classificações legais formais. Inicialmente havia três categorias raciais na região. Eles geralmente se referiam à multiplicidade de povos indígenas americanos como "índios" (''indios''), um termo espanhol aplicado, mas raramente usado pelos próprios ameríndios. Os da Espanha chamavam-se ''españoles'', que no final do período colonial era ainda mais restrito aos nascidos na Península Ibérica, chamados de ''peninsulares'', enquanto os espanhóis nascidos na América eram chamados de ''[[Crioulos|criollos]]''. O terceiro grupo eram africanos negros, chamados ''negros'', trazidos como [[Escravidão|escravos]] desde os primeiros dias do império espanhol no Caribe.

Havia menos mulheres espanholas do que homens imigrando para o Novo Mundo e menos mulheres negras do que homens, de modo que descendentes mestiços de espanhóis e negros eram muitas vezes o produto de ligações com mulheres indígenas.

No século XVI, o termo ''casta'', uma categoria coletiva para indivíduos mestiços, surgiu à medida que os números cresciam, particularmente nas áreas urbanas. A coroa dividiu a população do seu império ultramarino em duas categorias, separando os índios dos não-índios. Os indígenas formavam a ''República de Índios'', a outra a ''República de Españoles'', essencialmente a esfera hispânica, de modo que os espanhóis, os negros e as castas mestiças eram agrupados nessa categoria. Censos oficiais e registros eclesiásticos marcavam a categoria racial de um indivíduo, de modo que essas fontes podem ser usadas para traçar padrões socioeconômicos, padrões de residência e outros dados importantes.

Agrupamentos raciais gerais tinham seu próprio conjunto de privilégios e restrições, legais e costumeiros. Assim, por exemplo, apenas espanhóis e indígenas, que eram considerados as sociedades originais dos domínios espanhóis, reconheceram aristocracias.<ref></ref><ref></ref> Além disso, na América e em outras possessões ultramarinas, todos os espanhóis, independentemente do histórico de classe de sua família na Europa, passaram a se considerar iguais à ''hidalgía'' peninsular e esperavam ser tratados como tal. O acesso a esses privilégios e até mesmo a classificação racial percebida e aceita de uma pessoa, no entanto, também eram determinados pela posição [[Socioeconomia|socioeconômica]] dessa pessoa na sociedade.<ref>See [[Passing (racial identity)]] for a discussion of a related phenomenon, although in a later and very different cultural and legal context.</ref><ref></ref><ref></ref>

Longas listas de diferentes termos encontrados em pinturas de casta não aparecem na documentação oficial; apenas contagens de espanhóis, mestiços, negros e mulatos e indígenas (''índios'') foram encontrados nos censos. No final do período colonial em 1821, existiam mais de cem categorias de possíveis variações de mestiçagem.<ref name="Almanac"></ref>

=== Mestiçagem urbana ===

Em sua análise do censo de 1790 da [[Cidade do México]] e seus arredores, Dennis Nodin Valdés mostra que a maior metrópole colonial tinha uma proporção maior de espanhóis e mestiços do que de índios. Além disso, havia uma maior proporção de pessoas de raça mista do que na zona rural circundante, que era dominada por índios. Ele comparou a população da capital da Nova Espanha com o censo da Intendência do México em 1794.<ref>Nodin Valdés, "The Decline", Table 2.2, p. 58. The census of the Intendancy is found in the Archivo General de la Nación (México), Impresos Officiales, 51.</ref>

O número total de residentes da Cidade do México contados em 1793 era de 104.760 (o que exclui 8.166 militares) e na intendência como um todo 1.043.223 pessoas, excluindo 2.299 militares. Tanto na capital quanto na intendência, a população européia era a menor porcentagem, com 2.335 na capital (2,2%) e a intendência, 1.330 (0,1%). O total de espanhóis (''españoles'') era de 50.371 (48,1%), com a Intendência contando 134.695 (12,9%).

Para os mestiços (que ele fundiu os ''castizos''), na capital havia 19.357 (18,5%) e na intendência 112.113 (10,7%). Para a categoria mulato, a capital apresentou 7.094 (6,8%) com a intendência apresentando 52.629 (5,0%). Não há aparentemente nenhuma categoria separada para negros. A categoria indígena apresentou 25.603 (24,4%) na capital, sendo que na intendência foi de 742.186 (71,1).

A capital tinha a maior concentração de espanhóis e castas, e o campo era esmagadoramente indígena. A população da capital "indica que as condições favoráveis à mestiçagem eram mais favoráveis na cidade do que as áreas periféricas".<ref>Nodin Valdés, "The Decline" p. 58.</ref>
No recenseamento de 1811 da Cidade do México por setores residenciais, não há evidência de segregação por raça, uma descoberta importante.<ref>Nodin Valdés, "The Decline" p. 62; Chart 2.5, p. 64. The census is found in Archivo General de la Nación (México), Padrones 53-76.</ref> A maior concentração de espanhóis estava em torno da ''traza'', o setor central da cidade onde as instituições civis e religiosas estavam sedeadas e onde havia a maior concentração de mercadores ricos. Mas os não-espanhóis também moravam lá. Indígenas foram encontrados em maiores concentrações nos setores periféricos da capital.

== Terminologia racial ==
Embora o sistema pudesse conter mais de trinta categorias, a necessidade prática reduziu esse número para sete grupos classificados da seguinte maneira: ''españoles, castizos, moriscos, mestizos'', índios e africanos. Os termos para as misturas raciais mais complexas tendem a variar em significado e uso de região para região (por exemplo, conjuntos diferentes de pinturas de casta dão um conjunto diferente de termos e interpretações de seu significado).

Na maior parte, apenas os primeiros termos nas listas eram usados em documentos e na vida cotidiana, sendo a ordem decrescente geral de precedência:

# ''[[Espanhóis|Español]]'' (fem. ''española'') – pessoa de ascendência espanhola ou europeia; um termo guarda-chuva, subdividido em ''Peninsulares'' e ''Criollos''
#* ''[[Chapetones|Peninsular]]'' – um europeu nascido na Espanha que mais tarde se estabeleceu nas Américas;
#* ''[[Crioulos|Criollo]]'' (fem. ''criolla'')&nbsp;–uma pessoa branca com descendência européia nascida nas Américas;
# ''[[Castizo]]'' (fem. ''castiza'') – uma pessoa com ancestrais principalmente europeus e alguns ameríndios nascidos em uma família mista; o filho de um ''castizo'' e um espanhol era considerada ''español''.
# ''Mestizo'' (fem. ''mestiza'') – uma pessoa de ascendência mista européia e ameríndia;
# ''[[Povos ameríndios|Indio]]'' (fem. ''India'') – uma pessoa de ancestralidade ameríndia pura;
# ''Pardo'' (fem. ''parda'') – uma pessoa de ascendência mista branca européia, ameríndia e africana;
# ''[[Mulato]]'' (fem. ''mulata'') – uma pessoa de ascendência mista branca europeia e negra africana;
# ''[[Cafuzo|Zambo]]'' (fem. ''zamba'') – uma pessoa de ascendência negra africana e ameríndia nativa;
# ''[[Negro (termo)|Negro]]'' (fem. ''negra'')&nbsp;– uma pessoa de ascendência negra africana, principalmente escravos africanos e seus descendentes.

=== ''Españoles'' (Espanhóis) ===
Eram pessoas de ascendência espanhola. Pessoas de ascendência europeia que se estabeleceram na América espanhola e se adaptaram à cultura hispânica, como Pedro de Gante (de [[Gante]]) e os marqueses de [[Ambrosio O'Higgins|Osorno]] e Croix, também teriam sido consideradas ''españoles''. Além disso, como observado acima, muitas pessoas com alguns ancestrais ameríndios eram considerados ''españoles''.<ref name="Rodríguez O. p. 199">MacLachlan and Rodríguez O., p. 199.</ref>

''Españoles'' eram uma das três "raças" originais, sendo as outras duas ameríndias e negras. Tanto os espanhóis imigrantes como os nascidos na América (crioulos) geralmente compartilhavam os mesmos direitos e privilégios, embora houvesse alguns casos em que a lei diferenciava entre eles.<ref name="Rodríguez O. p. 199" /> Por exemplo, tornou-se costumeiro em alguns [[Cabildo colonial|cabildos municipais]] alternar entre um europeu e um americano para o cargo de ''[[Alcaide|alcalde]]''. Os ''españoles e''ram, portanto, divididos em:

==== ''Peninsulares'' (Espanhóis e outros europeus nascidos na Europa) ====

Pessoas de ascendência espanhola nascidas na [[Espanha]] (ou seja, da [[Península Ibérica]], daí o seu nome). Geralmente, havia dois grupos de peninsulares. O primeiro grupo incluía aqueles que foram nomeados para trabalhos importantes no governo, no exército e na Igreja Católica pela Coroa. Este sistema pretendia perpetuar os laços da elite governante com a coroa espanhola. A teoria era que um estranho deveria ser nomeado para governar uma certa sociedade, portanto um novo espanhol não seria nomeado vice-rei da Nova Espanha. Esses funcionários geralmente tinham uma longa história de serviço à Coroa e eram movidos pelo Império com frequência, como em cargos de carreira no serviço civil. Eles geralmente não moravam permanentemente em nenhum lugar da América Latina.

O segundo grupo de ''peninsulares'' fixou-se permanentemente em uma região específica e passou a ser associado a ela. A primeira onda foram os colonos originais, os [[Conquistador|Conquistadores]], que se tornaram [[Lorde|lordes]] de uma área através do seu ato de conquista. Nos séculos após a conquista, mais peninsulares continuaram a imigrar para a Nova Espanha sob diferentes circunstâncias, geralmente por razões comerciais. Alguns vieram como [[Servidão por contrato|servos contratados]] de famílias crioulas estabelecidas para ganhar a passagem. Os peninsulares eram de todas as classes socioeconômicas na América. Depois que se estabeleceram, tendiam a formar famílias, de modo que peninsulares e crioulos eram unidos e divididos por laços familiares e tensões.

==== ''Criollos'' (Espanhóis e outros europeus nascidos na América) ====

Um termo espanhol que significa "nascido e criado localmente", ''criollo'' historicamente foi aplicado a pessoas não indígenas brancas e negras nascidas na América, além de animais e produtos. Por causa da falta de pessoas brancas nas colônias espanholas, durante as primeiras gerações após a conquista, criollos biológicos legitimamente nascidos (ou seja, fruto de casamentos) eram simplesmente considerados ''españoles criollos''. Na historiografia de hoje, o termo "''criollo''" abrange apenas as pessoas brancas nascidas na América, que tinham descendentes espanhóis ou europeus não misturados tanto [[Matrilinearidade|matrilineares]] como [[Patrilinearidade|patrilineares]]. Na realidade do período, como observado, muitos ''criollos'' acabaram cruzando com mestiços e ''castizos'' financeiramente bem sucedidos, que fisicamente pareciam brancos, mas tinham algum ancestral nativo. O conhecimento de ancestralidade mista era geralmente desconsiderado para famílias que mantiveram certo status e foram aceitas como ''criollos''.<ref name="Magali M. Carrera"></ref>

Muitos dos ''criollos'' de segunda ou terceira geração tornaram-se ricos donos de minas ou fazendas. Famílias crioulas que se tornaram extremamente ricas se juntaram às fileiras da alta nobreza do [[Império Espanhol]]. Ainda assim, a maioria fazia parte do que poderia ser chamado de [[pequena burguesia]] e alguns eram pobres.

Normalmente, os crioulos era,m nomeados para os cargos de governo de nível inferior<ref>Foster, Lynn V. (2000). ''A Brief History of Central America.''. New York: Facts On File, Inc. .</ref> - no entanto, eles tinham representação considerável nos conselhos municipais. Mas, com a venda de cargos iniciada no final do século XVI, eles conseguiram acesso a cargos de alto nível, como os juízes das [[Real Audiência|audiências]] regionais. As [[Guerras de independência na América espanhola|guerras de independência]] do século XIX eram frequentemente caracterizadas como uma luta entre peninsulares e crioulos, mas ambos os grupos podem ser encontrados em ambos os lados das guerras.

[[Ficheiro:Cabrera_15_Coyote.jpg|miniaturadaimagem|''De Mestizo y d'India; Coyote''. Miguel Cabrera, 1763]]

=== ''Indios'' (Nativos americanos) ===

Os habitantes originais das Américas foram considerados uma das três "raças puras" da [[América espanhola]]; Sob a lei colonial espanhola, eles eram classificados e regulamentados como [[Maioridade|menores de idade]] e, como tal, deveriam ser protegidos por oficiais reais.Na prática, eles frequentemente sofriam repressões e abusos pelas elites locais. Após a conquista inicial, as elites dos estados [[Império Inca|inca]], [[Astecas|asteca]] e outros ameríndios foram assimiladas à nobreza espanhola através de casamentos mistos.<ref name="Rodríguez O. pp. 113-115">MacLachlan and Rodríguez O., pp. 113-115.</ref><ref name="Stern 1993 132–134, 163–164, 174–175"></ref>

A nobreza nativa regional, onde existia, foi reconhecida e redefinida segundo os padrões europeus pelos espanhóis. Tinham que lidar com a dificuldade de existir em uma sociedade colonial, mas permaneceram em vigor até a independência em 1821. Os ameríndios podiam pertencer a qualquer classe econômica dependendo de sua riqueza pessoal, mas a maioria era de camponeses e pobres.<ref name="Rodríguez O. pp. 113-115" /><ref name="Stern 1993 132–134, 163–164, 174–175" />

=== ''Mestizos'' (Nativo americano e europeu) ===

Pessoas com ascendência espanhola e ameríndia. O termo foi originalmente associado com a ilegitimidade, porque nas gerações após a conquista, crianças mestiças nascidas em matrimônio recebiam uma identidade ameríndia ou espanhola, dependendo da cultura em que foram criadas. O número de mestiços oficiais só aumenta nos censos após a segunda metade do século XVII, quando surgiu uma comunidade considerável e estável de pessoas mestiças, sem pretensões de serem ameríndios ou espanhóis.

=== ''Castizos'' (Europeu com alguma ascendência indígena) ===

Um dos muitos termos usados descrever pessoas com diferentes graus de mistura racial. Neste caso, os ''castizos'' eram misturas de mestiço e espanhol. Os filhos de um ''castizo'' com um espanhol ou outro ''castizo'', foram muitas vezes classificados e aceitos como ''criollos''.<ref name="Magali M. Carrera" />

=== ''Cholos'' (Nativo americano com mestiço) ===

Pessoas filhas de ameríndios e mestiços.

=== ''Pardos'' (Europeu, africano e americano nativo)<ref></ref> ===

Pessoas que são o produto da mistura de gerações de europeus, africanos negros e ameríndios. Essa mistura pode vir de um espanhol branco tendo um filho com um ''zambo'', um ameríndio tendo um filho com um mulato, ou um africano negro tendo um filho com um mestiço. O termo é atualmente usado no [[Brasil]], onde a população parda forma um pouco menos da metade da população (embora pardo em português signifique apenas marrom e seja usado para qualquer tipo de ancestralidade de raça mista que não seja a mistura de branco e asiático). Pardos na América espanhola são comuns no Caribe, como [[Porto Rico]], [[República Dominicana]] e [[Cuba]].

=== ''Mulatos'' (Africano e ruropeu) ===

Pessoas da primeira geração de um ancestral espanhol e negro/africano. Se eles tivessem nascido escravizados (isto é, a mãe deles era escrava), eles seriam escravos, a menos que fossem libertos pelo seu senhor ou alforriados. Na linguagem popular, mulato também poderia denotar um indivíduo de ascendência mista africana e nativa americana.<ref name="aim"></ref>

Outros termos para descrever outros graus de mistura incluíram, entre muitos outros, morisco, (não confundir com o peninsular [[mourisco]], do qual o termo foi emprestado) uma pessoa de pais mulatos e espanhóis, isto é, um quadroon, e Albino (derivado de [[Albinismo|albino]]), uma pessoa de Morisco e pais espanhóis, isto é, um octoroon.

=== ''Zambos'' (Nativo americano e africano) ===

Pessoas que possuíam ancestrais ameríndios e negrss. Como com os mulatos, muitos outros termos existiam para descrever o grau de mistura. Estes incluíam ''Chino'' e ''Lobo''. ''Chino'' geralmente era alguém filho de mulatos e ameríndios. A palavra chino deriva da palavra espanhola cochino, que significa "porco",<ref name="Cuervas">Hernández Cuevas, M.P. The Mexican Colonial Term "Chino" Is a Referent of Afrodescendant. ''The Journal of Pan African Studies, vol.5, no.5,'' June 2012.</ref> e a frase ''pelo chino'', que significa "cabelos encaracolados", é uma referência à casta, que possui cabelo crespo ou encaracolado.<ref name="Cuervas" />

Uma vez que houve alguma imigração das [[Índias Orientais Espanholas]] durante o período colonial, o termo ''chino'' geralmente é confundido, até mesmo por historiadores contemporâneos, como uma palavra para designat os povos asiáticos, que é o significado principal da palavra, mas não geralmente no contexto das castas. Já o termo ''lobo'' poderia descrever uma pessoa de pais negros e ameríndios (e, portanto, um sinônimo para ''zambo''), ou alguém de pais ameríndios e ''torna atrás'' (um termo antigo usado para descrever uma pessoa mestiça que apresentava características fenotípicas de apenas uma das "raças originais")

=== ''Negros'' (Africanos) ===

Juntamente com os espanhóis e os ameríndios, esta era a terceira raça original neste paradigma, que estava mais baixa na escala social por causa de sua associação com a escravidão. Estas eram pessoas de ascendência [[África subsariana|africana subsaariana]]. Muitos, especialmente da primeira geração, eram escravos, mas havia grandes comunidades de negros livres. Havia uma distinção entre os negros nascidos na África (''negros bozales'') e, portanto, possivelmente menos aculturados, os negros nascidos na Península Ibérica (''negros ladinos''), e os negros nascidos nas Índias, às vezes referidos como ''negros criollos''.

Seu baixo status social era legalmente imposto. Eles eram proibidos por lei de ocupar muitos cargos, como o sacerdócio, e seu testemunho no tribunal era menos valorizado do que outros. Mas eles poderiam se juntar a milícias criadas especialmente para eles. Em contraste com a "[[One-drop rule|regra de uma gota]]" estadounidense, que evoluiu nos [[Estados Unidos]] do final do século XIX, pessoas de ascendência negra mista eram reconhecidas como múltiplos grupos separados, como observado acima.

=== Outros termos ===
Outros termos eufemísticos ou depreciativos existiram, como o ''torna atrás'' e o ''tente en el aire'' na [[Vice-Reino da Nova Espanha|Nova Espanha]] ou um ''requinterón'' no [[Vice-Reino do Peru|Peru]],<ref></ref> que implicava que uma pessoa tinha apenas um décimo sexto de ancestralidade negra nasceu com fenótipos africanos de os pais aparentemente brancos. Esses termos raramente eram usados em documentos legais e existiam principalmente no novo fenômeno espanhol das pinturas de casta, que mostravam possíveis misturas até várias gerações.<ref>Katzew, ''Casta Painting'' 5.</ref>

== Pinturas de casta no México do século XVIII ==
[[Ficheiro:Casta_Painting_by_Luis_de_Mena.jpg|miniaturadaimagem|Luis de Mena, [[Nossa Senhora de Guadalupe (México)|Virgem de Guadalupe]] e castas, 1750]]
[[Ficheiro:Casta_painting_all.jpg|miniaturadaimagem|''Las castas''. Anônimo, século XVIII, óleo sobre tela, 148x104 cm, Museo Nacional del Virreinato, [[Tepotzotlán]], Mexico.]]

O interesse do [[Iluminismo espanhol]] em organizar conhecimento e descrição científica resultou na encomenda de muitas séries de imagens que documentam as combinações raciais que existiam nas terras exóticas que a Espanha possuía do outro lado do mundo. Muitos conjuntos dessas pinturas ainda existem (cerca de cem conjuntos completos em museus e coleções particulares e muito mais pinturas individuais), de variada qualidade artística, geralmente consistindo de dezesseis pinturas representando o mesmo número de combinações raciais. Alguns dos melhores conjuntos foram feitos por artistas mexicanos proeminentes, como [[Miguel Cabrera]], José Joaquín Magón (que pintou dois conjuntos), José de Ibarra e Juan Patricio Morlete Ruiz. Esses artistas trabalharam juntos nas guildas de pintura da Nova Espanha. Eles foram importantes artistas de transição na pintura de casta do século XVIII. Pelo menos um espanhol, Francisco Clapera, também contribuiu para o gênero das castas. Em geral, pouco se sabe da maioria dos artistas que assinaram seu trabalho; a maioria das pinturas de casta não é assinada.

Os temas gerais que emergem nessas pinturas são a "supremacia dos espanhóis", a possibilidade de os índios se tornarem espanhóis pela miscigenação com os espanhóis e a "regressão a um momento anterior de desenvolvimento racial" que a mistura com os negros causaria aos espanhóis. Essas séries geralmente retratam os descendentes de índios tornando-se espanhóis depois de três gerações de casamentos com espanhóis (geralmente a pintura "''De español y castiza, español''").<ref name="Katzew, Casta Painting.">Katzew, "Casta Painting."</ref>

Em contraste, as misturas com os negros, tanto dos índios quanto dos espanhóis, levaram a um número desconcertante de combinações, com "termos fantasiosos" para descrevê-las. Em vez de levar a um novo tipo racial ou equilíbrio, elas levavam a desordem aparente. Termos como t''ente en el aire'' e ''no te entiendo'' ("Eu não entendo você") - e outros baseados em termos usados para animais: mulato (mula) e lobo (lobo), chino (derivado de cochino) significando "porco")<ref name="Cuervas" /> - refletem o medo e a desconfiança com que as autoridades espanholas, a sociedade e aqueles que encomendaram essas pinturas viam esses novos tipos raciais.<ref name="Katzew, Casta Painting." />

Ao mesmo tempo, deve-se enfatizar que essas pinturas refletem as visões da sociedade crioula. As castas definiam-se de diferentes maneiras, e a forma como elas eram registradas em registros oficiais dependia da negociação entre a casta e a pessoa que criou o documento, seja uma certidão de nascimento, uma certidão de casamento ou um depoimento judicial. Na vida real, muitos indivíduos receberam diferentes categorias raciais em diferentes documentos, revelando a natureza fluida da identidade racial na sociedade colonial hispano-americana.<ref>Cope, ''The Limits of Racial Domination'' and Seed, ''To Love, Honor, and Obey'', in passim.</ref>

Na Nova Espanha, um dos vice-reinados do Império Espanhol, as pinturas de casta ilustravam a posição de cada pessoa no Novo Mundo no sistema. Estas pinturas dos séculos XVIII e XIX eram populares na Espanha e em outras partes da Europa. Eles refletiam o senso de superioridade racial dos espanhóis, ilustrando uma sociedade hierárquica ordenada, na qual o status socioeconômico dependia da cor da pele e da limpieza de sangre (pureza do sangue)..<ref name="mm1" /><ref name="María Elena Martínez 2010"></ref>

Algumas pinturas retratam o caráter inato e a qualidade das pessoas devido ao seu nascimento e origem étnica. Por exemplo, de acordo com uma pintura de José Joaquín Magón, um mestiço era considerado geralmente humilde, tranquilo e direto; enquanto outra pintura afirma que o ''cambujo'' é geralmente lento, preguiçoso e pesado. Em última análise, as pinturas casta são lembretes dos preconceitos coloniais na história humana moderna que ligaram uma sociedade étnica/casta com base na descendência, cor da pele, status social e seu nascimento.<ref name="mm1" /><ref name="María Elena Martínez 2010" />

Muitas vezes, pinturas de casta descreviam itens de commodities da América Latina como o [[pulque]], a bebida alcoólica fermentada das classes mais baixas. Pintores retrataram interpretações de pulque que foram atribuídas a castas específicas. O abuso de pulque foi mostrado em algumas pinturas de casta como uma crítica social das castas inferiores, e o desejo espanhol de regulação sobre o consumo e distribuição de pulque.

=== Conjuntos de pinturas de casta ===
Aqui são apresentadas três conjuntos de pinturas de casta. Note que eles só concordam com as cinco primeiras combinações, que são essencialmente as indígenas-brancas. Não há acordo sobre as misturas negras, no entanto. Além disso, nenhuma lista deve ser considerada "autoritativa". Esses termos teriam variado de região para região e em períodos de tempo. As listas aqui provavelmente refletem os nomes que o artista conheceu ou preferiu, os que o patrono pediu para serem pintados ou uma combinação de ambos.

{|
| align="center" |'''Miguel Cabrera, 1763'''<ref>Katzew (2004), ''Casta Painting'', 101-106. Paintings 1 and 3-8 private collections; 2 and 9-16 [[Museum of the Americas (Madrid)|Museo de América, Madrid]]; 15 Elisabeth Waldo-Dentzel, Multicultural Music and Art Center (Northridge California).</ref>
| align="center" |'''Anônimo''' (Museo del Virreinato)<ref>Gracia, J. E. and Pablo De Greiff, eds. ''Hispanics/Latinos in the United States: Ethnicity, Race and Rights.'' New York, Routledge, 2000, 53. </ref>
| align="center" |'''Andrés de Islas, 1774'''<ref>Katzew, Ilona. Program for ''Inventing Race: Casta Painting and Eighteenth-Century Mexico'', April 4-August 8, 2004. [[Los Angeles County Museum of Art|LACMA]]</ref>
|- valign="top"
|
# De Español y d'India; Mestiza
# De español y Mestiza, Castiza
# De Español y Castiza, Español
# De Español y Negra, Mulata
# De Español y Mulata; Morisca
# De Español y Morisca; Albina<ref>Christopher Knight, "A Most Rare Couch Find: LACMA acquires a recently unrolled masterpiece." ''Los Angeles Times'', April 1, 2015, A1.</ref>
# De Español y Albina; Torna atrás
# De Español y Torna atrás; Tente en el aire
# De Negro y d'India, China cambuja.
# De Chino cambujo y d'India; Loba
# De Lobo y d'India, Albarazado
# De Albarazado y Mestiza, Barcino
# De Indio y Barcina; Zambuigua
# De Castizo y Mestiza; Chamizo
# De Mestizo y d'India; Coyote
# Indios gentiles (Heathen Indians)
|
# Español con India, Mestizo
# Mestizo con Española, Castizo
# Castiza con Español, Española
# Español con Negra, Mulato
# Mulato con Española, Morisca
# Morisco con Española, Chino
# Chino con India, Salta atrás
# Salta atras con Mulata, Lobo
# Lobo con China, Gíbaro (Jíbaro)
# Gíbaro con Mulata, Albarazado
# Albarazado con Negra, Cambujo
# Cambujo con India, Sambiaga (Zambiaga)
# Sambiago con Loba, Calpamulato
# Calpamulto con Cambuja, Tente en el aire
# Tente en el aire con Mulata, No te entiendo
# No te entiendo con India, Torna atrás
|
# De Español e India, nace Mestizo
# De Español y Mestiza, nace Castizo
# De Castizo y Española, nace Española
# De Español y Negra, nace Mulata
# De Español y Mulata, nace Morisco
# De Español y Morisca, nace Albino
# De Español y Albina, nace Torna atrás
# De Indio y Negra, nace Lobo
# De Indio y Mestiza, nace Coyote
# De Lobo y Negra, nace Chino
# De Chino e India, nace Cambujo
# De Cambujo e India, nace Tente en el aire
# De Tente en el aire y Mulata, nace Albarazado
# De Albarazado e India, nace Barcino
# De Barcino y Cambuja, nace Calpamulato
# Indios Mecos bárbaros (Barbarian [[Chichimecas|Meco Indians]])
|}

=== Galeria de Pinturas de Casta ===
<gallery>
Ficheiro:Luis berrueco-castas.JPG|''Canbujo con Yndia sale Albaracado / Notentiendo con Yndia sale China'', óleo sobre a tela, 222 x 109&nbsp;cm, [[Madrid]], [[Museo de América]]
Ficheiro:Cabrera Pintura de Castas.jpg|[[Miguel Cabrera (painter)|Miguel Cabrera]] "Do espanhol e Mulata: Morisca"
Ficheiro:De Mulato y Mestiza.jpg|"Mulato e Mestiça, produzem mulato, ele é ''Torna Atrás''" por [[Juan Rodríguez Juárez]]
Ficheiro:José Joaquín Magón - La Mulata.jpg|José Joaquín Magón, ''A Mulata'' - da série ''As castas mexicanas''
Ficheiro:Mestizo.jpg|''De español e india, produce mestizo''
Ficheiro:Mulatto.jpg|''De negro y española, sale mulato''
Ficheiro:Coiote.jpg|''De mestizo e india, sale coiote''
Ficheiro:Zambo.jpg|''De negro e india, sale lobo''
Ficheiro:Mestizo. Mestiza. Mestiza.jpg|''Mestizo, Mestiza, Mestizo'' Exemplo de uma pintura de casta peruana, mostrando casamentos entre uma categoria de casta.
</gallery>

== Veja também ==


* [[Casta]]
* [[Minoria dominante]]

== Referências ==
<references group="" responsive="1"></references>

== Leitura adicional ==

=== Raça e mestiçagem ===

* Castleman, Bruce A. "Social Climbers in a Colonial Mexican City: Individual Mobility within the Sistema de Castas in Orizaba, 1777-1791." ''Colonial Latin American Review, vol. 10, No. 2, 2001.
* Cope, R. Douglas. ''The Limits of Racial Domination: Plebeian Society in Colonial Mexico City, 1660-1720''. Madison: University of Wisconsin Press, 1994.
*Fisher, Andrew B. and Matthew D. O'Hara, eds. ''Imperial Subjects: Race and Identity in Colonial Latin America''. Durham: Duke University Press 2009.
* Leibsohn, Dana, and Barbara E. Mundy, "Reckoning with Mestizaje," ''Vistas: Visual Culture in Spanish America, 1520-1820'' (2015). [https://ift.tt/2RXiMc2 https://ift.tt/2wWrSdp].
* MacLachlan, Colin M. and Jaime E. Rodríguez O. ''The Forging of the Cosmic Race: A Reinterpretation of Colonial Mexico'', expanded edition. Berkeley: University of California Press, 1990.
*Martínez, María Elena. ''Genealogical Fictions: Limpieza de Sangre, Religion, and Gender in Colonial Mexico''. Stanford, Stanford University Press, 2008.
*McCaa, Robert. "Calidad, Class, and Marriage in Colonial Mexico: The Case of Parral 1788-90." ''Hispanic American Historical Review'' 64, no. 3. (aug. 1984): 477-501.
*Mörner, Magnus. ''Race Mixture in the History of Latin America''. Boston: Little Brown, 1967.
*O'Crouley, Sn Pedro Alonso. ''A Description of the Kingdom of New Spain.'' Translated and edited by Sean Galvin. john Howell Books 1972.
*Ramos-Kittrell, Jesús. ''Playing in the Cathedral: Music, Race, and Status in New Spain''. New York: Oxford University Press 2016.
*Rosenblat, Angel. ''El mestizaje y las castas coloniales: La población indígena y el mestizaje en América''. buenos Aires, Editorial Nova 1954.
*Seed, Patricia. ''To Love, Honor, and Obey in Colonial Mexico: Conflicts Over Marriage Choice, 1574-1821''. Stanford: Stanford University Press, 1988.
*Seed, Patricia. "Social Dimensions of Race: Mexico City 1753." ''Hispanic American Historical Review'' 62, no. 4. (Nov. 1982) pp. 569-606.
*Valdés, Dennis N. "Decline of the Sociedad de Castas in Eighteenth-Century Mexico." PhD dissertation, University of Michigan 1978.


=== Pintura de casta ===

*Carrera, Magali M. ''Imagining Identity in New Spain: Race, Lineage, and the Colonial Body in Portraiture and Casta Paintings''. Austin, University of Texas Press, 2003.
*Cline, Sarah. "Guadalupe and the Castas: The Power of a Singular Colonial Mexican Painting." [[Mexican Studies|Mexican Studies/Esudios Mexicanos]] Vol. 31, Issue 2, Summer 2015, pages 218-46
* Cummins, Thomas B. F. [https://ift.tt/2RX5HiX "Casta Painting: Images of Race in Eighteenth-Century Mexico"] (Book review). ''The Art Bulletin'' (March 2006).
*Dean, Carolyn and Dana Leibsohn, "Hybridity and Its Discontents: Considering Visual Culture in Colonial Spanish America," ''Colonial Latin American Review'', vol. 12, No. 1, 2003.
*Earle, Rebecca, "The Pleasures of Taxonomy: Casta Paintings, Classification, and Colonialism." [[The William and Mary Quarterly]], vol. 73, No. 2 (July 2016), pp. 427-466.
*Estrada de Gerlero, Elena Isabel. "Representations of 'Heathen Indians' in Mexican Casta Painting," in ''New World Orders'', Ilona Katzew, ed. New York: Americas Society Art Gallery 1996.
*García Sáiz, María Concepción. ''Las castas mexicanas: Un género pictórico americano''. Milan: Olivetti 1989.
*García Sáiz, María Concepción, "The Artistic Development of Casta Painting," in ''New World Orders'', Ilona Katzew, ed. New York: Americas Society Art Gallery, 1996.
* Katzew, Ilona. [https://ift.tt/2L2gWWN "Casta Painting: Identity and Social Stratification in Colonial Mexico,"] New York University, 1996.
*Katzew, Ilona, ed. ''New World Orders: Casta Painting and Colonial Latin America''. New York: Americas Society Art Gallery 1996.
* Katzew, Ilona. ''Casta Painting: Images of Race in Eighteenth-Century Mexico''. New Haven: Yale University Press, 2004.


== Ligações externas ==

* [https://ift.tt/2RXiMJ4 "Casta Paintings"] Um exemplo de uma das muitas coisas que podem ser encontradas na Casa Breamore, que atraiu muito interesse ao longo dos anos. Acredita-se que esta coleção de pinturas de Casta seja a única no Reino Unido. A coleção de quatorze pinturas, foi encomendada para o rei da Espanha em 1715 e pintada pelo artista mexicano Juan Rodríguez Juárez.
* [https://ift.tt/2L2OGDf Castas paintings and discussion] on Nuestros Ranchos Genealogy of Mexico website
* Safo, Nova. [https://ift.tt/2S0BkrQ "Casta Paintings: Inventing Race Through Art/Mexican Art Genre Reveals 18th-Century Attitudes on Racial Mixing."] The Tavis Smiley Show. June 30, 2004.
* Soong, Roland. [https://ift.tt/1oU3qAl Racial Classifications in Latin America]. 1999.
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