2019年6月19日水曜日

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Quarto distrito de Porto Alegre


79a: Página proposta para eliminação rápida (regra 13)



O 4º Distrito é a zona não vista de Porto Alegre. A antiga zona portuária da capital está povoada por uma quantidade impressionante de antigos prédios do início do século XX que recebiam carregamentos de navios ou serviam de morada temporária aos trabalhadores do Cais. Neste setor da cidade estão os bairros São Geraldo, Navegantes, Farrapos, Floresta, Anchieta, São João, IAPI, Passo D'Areia e Humaitá. Esta antiga região portuária, que estende seus braços até o centro da capital, apesar de ser a porta de entrada para Porto Alegre, sofre com a degradação do tempo e com o descaso de subsequentes gestões públicas municipais.
O local foi fortemente procurado por grandes redes varejistas na década de 1960, vivendo o seu apogeu habitacional. Hoje, com altos índices de tráfico de drogas e de prostituição, este pedaço agora desconhecido da cidade sente a influência da falta de planejamento urbano com a paulatina desvalorização das edificações antigas – muitas das quais já foram inclusive abandonadas pelos próprios proprietários. Projetos equivocados de revitalização acabaram por sacrificar os moradores irregulares e expulsá-los deste setor de Porto Alegre. O exemplo mais recente é o plano de duplicação da Avenida Voluntários da Pátria, na intenção de desafogar o trânsito entre o Centro e a Zona Norte da capital. Um projeto urbanístico que não compreende a teimosa humanização dos ambientes urbanos realizada diária e insistentemente pelos moradores da região.
O ápice do desenvolvimento ocorreu entre o final dos anos de 1960 e início dos anos de 1970, com grandes redes comerciais instaladas especialmente nas avenidas Eduardo (atual Presidente Franklin Roosevelt), Farrapos, Benjamin Constant, São Pedro e Cristóvão Colombo e a centralização de indústrias Neugebauer, Coca-Cola, Fiateci, Brahma e Moinhos Guaíba. No entanto, a falta de planejamento urbano, que manteria o crescimento do polo comercial e de serviços, provocou o esvaziamento em alguns bairros
A região possui as principais vias de acesso para a capital, a mais conhecida é a Av Voluntários da Pátria, que faz ligação do centro até o bairro Humaitá, também corta a região a Av Farrapos, via que antigamente era o centro comercial da cidade, a avenida farrapos faz ligação com a AV AJ Renner, essa via da acesso ao eixo da BR 448, estrada que liga a capital com o interior do estado. Depois temos as ruas que dão acesso a essas principais avenida, como a AV Sertório, que interliga as extremidades da zona norte da capital.
Local de atração de um contingente populacional em busca de trabalho nas fábricas, formado, em grande parte, por imigrantes: primeiramente alemães e depois outras etnias foram reunidas, como italianos, poloneses, judeus, árabes, etc.
A concentração de trabalhadores e a usual proximidade entre moradia e trabalho gerou um lugar miscigenado, não somente nos seus aspectos humanos, isto é, nos relativos à população e suas formas de sociabilidade, mas também no físico, através do desenvolvimento de várias tipologias arquitetônicas.
*População por bairro:
*São Geraldo 8.292
*Navegantes 4.322
*Farrapos 18.986
*Floresta 14.972
*Anchieta 147
*São João 12.418
*Passo da Areia 23.271
*Humaitá 11.502
*Total população da região 93.910 mil pessoas, censo 2010.

*OS BAIRROS DO 4º DISTRITO

Bairro Floresta

O bairro Floresta, até o final da Guerra dos Farrapos, era composto somente por áreas de chácaras. A partir de 1850 foi dada continuidade de um caminho até a Estrada do Passo da Areia que, em 1857, recebeu o nome de rua da Floresta. Ruas como Dr. Timóteo e Félix da Cunha já faziam parte do mapa da cidade em 1888. Também neste ano, teve início a construção da capela de São Pedro, através de mobilização da sociedade. No ano de 1909, a inauguração da linha dos bondes de tração elétrica, que passavam nas proximidades do bairro, colabora para o desenvolvimento da região. A construção do hospital no topo de um morro bastante arborizado, a Casa de Saúde Bela Vista, no ano de 1849, contribuiu para o desenvolvimento urbano de toda a região. Mais de cinquenta anos depois, em 1903, o hospital foi adquirido pelo Exército para tornar-se o Hospital Militar da Terceira Região, não pertencendo mais aos limites do bairro Floresta. Também grandes indústrias se instalaram no bairro Floresta, como a Bopp, posteriormente Brahma, fabricante de cervejas, além de fábricas de fogões, camas, de pregos, indústria de cigarros e outras, eis o porquê de ser chamado pela comunidade, na época, de "bairro de chaminés" (FRANCO, 1992). Algumas festas são tradicionais no bairro como o "Chopp na Avenida", que acontecia em um trecho da Avenida Cristóvão Colombo, perdurando por treze edições, até o ano de 1997. Outra festa tradicional é a "Criança na Avenida", acontecendo no mês de outubro desde 1980 na mesma avenida, com apresentações musicais, brincadeiras e quiosques de alimentação. Hoje, mantendo características residenciais, o bairro conta com grande variedade comercial onde, inclusive, a Fábrica da Brahma cedeu espaço ao Shopping Total, preservando ainda algumas características do prédio original (FRANCO, 1992).
O bairro Floresta possui 16.085 habitantes, significando 1,14% da população do município. Com área de 2,19 km², representa 0,46% da área do município, sendo sua densidade demográfica de 7.344,75 habitantes por km². A taxa de analfabetismo é de 1,24 % e o rendimento médio dos responsáveis por domicílio é de 6,00 salários mínimos
(IBGE CIDADES,2017).



• Bairro Farrapos

O bairro Farrapos está localizado na zona norte da cidade e faz divisa com os bairros Humaitá e Navegantes, foi oficializado pela lei nº 6218 de 17/11/1988, tendo os seguintes limites: "ao norte, desde o limite da faixa portuária seguindo pela avenida Padre Leopoldo Bretano em toda a sua extensão; ao leste, a partir do ponto de 35 encontro das avenidas Padre Leopoldo Bretano e a A. J. Renner seguindo na extensão desta até a rua Dona Teodora; ao sul, pela rua Dona Teodora, desde a Avenida A. J. Renner até o ponto de encontro com a Dona Teodora com a rua Voluntários da Pátria, seguindo em linha perpendicular até e no sentido do Cais Marcílio Dias; a oeste, a partir do Cais Marcílio Dias, na altura da rua Dona Teodora, daí seguindo no sentido da rua João Moreira Maciel até o limite da faixa portuária"
(SOUZA & MULLER, 1997). O bairro já foi conhecido como Vila Farrapos, pois está localizado em uma das regiões mais carentes da cidade e tem moradias em condições precárias e seus habitantes são de origem humilde. Os dois principais conjuntos habitacionais da região são o Loteamento Castelo Branco e a Vila Esperança, esta última construída pelo Demhab- Departamento Municipal de Habitação. A ocupação da região está ligada ao processo de crescimento populacional de Porto Alegre. O bairro é essencialmente residencial, possui um posto de saúde e alguns comércios de gêneros alimentícios (SOUZA & MULLER, 1997).
O bairro Farrapos possui 18.986 habitantes, significando 1,35% da população do município. Com área de 1,65 km², representa 0,35% da área do município, sendo sua densidade demográfica de 11.506,67 habitantes por km². A taxa de analfabetismo é de 4,31 % e o rendimento médio dos responsáveis por domicílio é de 2,03 salários mínimos (IBGE CIDADES, 2017).


• Bairro São Geraldo

O bairro São Geraldo teve sua ocupação no final do século XIX, tornando-se mais efetiva no ano de 1895, quando a Companhia Territorial Porto-alegrense loteou, abriu e nomeou vias na região, como as avenidas Amazonas, Bahia, parte da Avenida Ceará, Brasil, Pará, Paraná, Pernambuco e Maranhão. No mesmo ano, outro fator que contribuiu para maior ocupação, foi a implantação do bonde linha São João, pela Companhia Carris de Ferro Porto-Alegrense.
No bairro, entre seus moradores, predominam as descendências italianas e alemãs. No final do século XIX, estes imigrantes desembarcaram na estação dos Navegantes, do trem que seguiria para Novo Hamburgo, permanecendo no local e construindo suas moradias, fazendo com que o bairro São Geraldo iniciasse seu desenvolvimento econômico. A presença de italianos e alemães na região tornou-se mais evidente nas manifestações sociais do bairro, como a Sociedade Bailante Recreativa Gondoleiros, fundada em 1915, nome que faz referência às gôndolas venezianas. O clube guarda não só a memória do bairro, bem como representa um dos importantes estabelecimentos do gênero em Porto Alegre (FRANCO, 1992; SANHUDO, 1975). Com o processo de desenvolvimento do plano urbano da cidade, a partir da década de 1940, a capital passa por projetos de reordenamento, principalmente a abertura de radiais. As obras de ampliação e pavimentação da avenida Farrapos proporcionaram ao bairro São Geraldo e região um desenvolvimento mais acelerado. Em 1949, segundo Sanhudo (1975) é encaminhado pelos moradores do bairro um memorial à Câmara de Vereadores de Porto Alegre, dando início ao movimento para a oficialização e delimitação do São Geraldo, tendo como base a circunscrição territorial da paróquia eclesiástica de mesmo nome, sediada na avenida Farrapos. A lei nº 2022 de 1959 manteve as solicitações de seus moradores: "Rua Voluntários da Pátria, esquina da Rua do Parque até a Av. Brasil, desta até a Rua Benjamin Constant, desta até a Av. Olinda, desta em toda sua extensão até a Rua Guimarães, desta até a Rua Conde de Porto Alegre, desta até a Rua do Parque, desta até encontrar a Rua Voluntários da Pátria". O bairro São Geraldo é cortado pela av. Farrapos, e está localizado na região norte da capital, fazendo divisa com os bairros Navegantes e Floresta. É um bairro que mescla características residenciais e comerciais (FRANCO, 1992; SANHUDO, 1975).
O bairro São Geraldo possui 8.706 habitantes, significando 0,62% da população do município. Com área de 1,89 km², representa 0,40% da área do município, sendo sua densidade demográfica de 4.606,35 habitantes por km².
A taxa de analfabetismo é de 0,85% e o rendimento médio dos responsáveis por domicílio é de 4,31 salários mínimos (IBGE CIDADES, 2017).


• Bairro Navegantes

O Bairro Navegantes é um dos mais antigos da cidade de Porto Alegre. Sua localização já era percebida nas plantas da cidade no final do século XIX. As origens e ocupação da região estão ligadas ao trajeto para as colônias
Alemãs a partir 1824 e, em meados do século XIX, já era um dos bairros mais populosos da cidade. Desde seu início, o bairro Navegantes já demonstrava sua importância devido à ligação que fazia entre o centro da cidade e a região de
Imigração (vale do Rio dos Sinos), além da antiga Estrada de Baixo em direção a Gravataí, Santo Antônio da Patrulha e Osório. Em 1874, houve a implantação da Estrada de Ferro Porto Alegre – Novo Hamburgo, o que dinamizou o bairro, sobretudo após a inauguração da primeira Estação Navegantes, por volta de 1886. Ainda no século XIX, a região revelou-se com vocação industrial, e especialmente a partir de 1890, quando indústrias se instalaram no bairro (FRANCO,
1992; MACEDO, 1968).
O crescimento industrial contribuiu para o aumento da população, pois seus moradores, em sua maioria operária, passaram a habitá-lo em função da proximidade com seus locais de trabalho. Em 1875, é criada a capela consagrada a Nossa Senhora dos Navegantes, devoção introduzida pelos imigrantes portugueses poucos anos antes. No entanto, a construção da capela só ficou pronta em 1897, erguida em terreno doado pela senhora Margarida Teixeira de Paiva, dona de diversos terrenos na região. Em frente à Igreja, está localizada a Praça Navegantes, onde é realizada uma das maiores expressões religiosas da cidade: de acordo com a fé católica, é comemorado no dia 2 de fevereiro a devoção a Santa Padroeira da Capital – Nossa Senhora dos Navegantes.
Um dos grandes impactos urbanísticos para a região do bairro Navegantes foi a construção da ponte sobre o Rio Guaíba, inaugurada em 1958. Com a nova edificação, a tradicional Praça Navegantes ficou embaixo de uma das elevadas, mas se manteve centro dos festejos realizados anualmente em honra da Santa Padroeira (FRANCO, 1992; MACEDO, 1968). Oficialmente, o bairro Navegantes foi criado pela lei nº 2022 de 07/12/1959, sendo seus limites oficiais assim estabelecidos: rua Voluntários da Pátria, da esquina da Av. Brasil até o seu prolongamento por uma linha na direção Oeste/Leste, seguindo a margem atual do rio até encontrar a rua Dona Teodora; desta até a Praça do Bombeador; deste segue pela avenida Ceará até a avenida Brasil; desta até encontrar novamente a rua Voluntários da Pátria. Porém em 1988 o decreto de lei nº 6218 altera os limites norte do bairro que passa a ser definido a partir do Cais Marcílio Dias no sentido até o ponto de encontro das ruas Voluntários da Pátria e Dona Teodora. Atualmente, a região mantém seu caráter industrial, entretanto ampliou o setor de serviços. No bairro está localizado o Shopping DC Navegantes, que atende tanto aos moradores do bairro quanto à redondeza, com seu comércio voltado para decoração de imóveis (FRANCO, 1992; MACEDO, 1968).
O bairro Navegantes possui 4.011 habitantes, representando 0,28% da população do município. Com área de 2,2 km², representa 0,46% da área do município, sendo sua densidade demográfica de 1.823,18 habitantes por km². A taxa de analfabetismo é de 1,03% e o rendimento médio dos responsáveis por domicílio é de 3,54 salários mínimos (IBGE CIDADES, 2017).

• Bairro Humaitá

O bairro Humaitá foi oficialmente criado pela lei n.º 6218 em 17 de novembro de 1988. Localizado na Zona Norte da capital, limita-se ao sul com bairro Navegantes e, ao norte, com o município de Canoas. Originalmente uma zona de aterro sanitário, caracteriza-se por ser uma região essencialmente residencial, dispondo de pequeno comércio que atende aos moradores locais. A partir dos anos de 1960, os problemas da cidade se ampliam, juntamente com o constante aumento populacional, trazendo problemas como habitação, transportes e infraestrutura, que necessitavam de projetos de integração. É neste contexto que a expansão para a zona norte/nordeste da capital torna-se mais efetiva, já que os custos de moradia eram mais acessíveis em função da distância do centro (ANDRADE, 1993; SOUZA & MULLER, 1997).
O bairro Humaitá foi um dos setores residenciais projetados pela iniciativa privada nos anos de 1970, com o objetivo de responder aos problemas de habitação da cidade. A ocupação dessa área aconteceu ao longo dos anos
80 do século passado, bem como a ampliação dos edifícios residenciais. Os primeiros prédios construídos no bairro eram de quatro andares, sem elevadores, e contavam em seus projetos com a concentração de equipamentos recreativos na forma de parque urbano. Posteriormente, os prédios construídos eram maiores com dez andares e elevadores (ANDRADE, 1993; SOUZA & MULLER, 1997).
O Humaitá também foi atrativo para o ramo imobiliário no final dos anos 1990 e início 2000: algumas empresas da construção civil viram o potencial residencial que o bairro apresentava, sobretudo para a classe média. O bairro dispõe do Parque Marechal Mascarenhas de Moraes, inaugurado em 2 de julho de 1982, com 18,2 hectares. Com uma área de lazer e recreação, e outra considerada de preservação permanente, é um parque de uso misto (ANDRADE, 1993; SOUZA & MULLER, 1997). Em 2012, o bairro Humaitá recebeu também a Arena Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, inaugurada em 08 de dezembro de 2012.
O bairro Humaitá possui 11.404 habitantes, significando 0,81% da população do município. Com área de 4,16 km², representa 0,87 % da área do município, sendo sua densidade demográfica de 2.741,35 habitantes por km². A taxa de analfabetismo é de 1,84% e o rendimento médio dos responsáveis por domicílio é de 3,90 salários mínimos (IBGE, 2010).

*POLITICA e ADMINISTRAÇÃO:

Atualmente a prefeitura de Porto Alegre está se mostrando cada vez mais presente no 4º distrito, seja tentando atrair investidores dentro e fora do Brasil para essa área da cidade, além disso, a mesma sempre busca melhorias para setores como saúde, segurança, transporte públicos, assim como já faz em outros partes da capital. Entretanto, isso é um processo difícil de se fazer, pois atualmente a prefeitura da capital não esta em condições de aplicar recursos para investimentos, então a mesma fica numa situação limitada para fazer melhorias em qualquer parte da cidade, assim visa muito na buscar por investidores para suas regiões, porem para seguir isso torna-se também um processo difícil porque existe uma barreira com alguns na sociedade que não olham essa região com bons olhos por se tratar de uma parte da cidade que esta abandonada.
A prefeitura tem como seu principal projeto para o 4º distrito o projeto o Masterplan, esse mesmo foi elaborado pelo núcleo de Tecnologias Urbanas da UFRGS, o projeto deverá contemplar um centro administrativo local, um parque linear e a "Via de Inovação" que será um eixo de aproximação que liga o setor sul e o norte da área revitalizada com a presença de instituições de diversos setores como arte, cultura, saúde e bem-estar. Além disso, um dos destaques do projeto é a criação de um Cluster de Saúde no 4º Distrito, prevendo um hospital metropolitano que visa a gerar quatro mil empregos e outros dois mil em atividades. A iniciativa também contemplará um terminal intermodal e um centro comercial. o Masterplan tramita na construção de Estudo de Viabilidade Econômica para área. Em novembro de 2018 a prefeitura de Porto Alegre conseguiu com o banco mundial US$ 30 milhões para investimentos que apoiarão o plano de desenvolvimento da região e o projeto Masterplan.

*Cidadania: O 4º distrito é uma região bem carente na questão dos projetos sociais, porém, existe algumas instituições privadas nessa área que buscam ajudar a comunidade com conhecimento ou oportunidades de crescimento. Algumas delas são:

* ASSISTENCIA A SAÚDE
Na Região do 4º Distrito os serviços de Saúde que se destacam são a Us Diretor Pestana,
especializada em saúde da família e com equipe de atenção básica, a Estratégia da Saúde da
Família no Bairro Farrapos ou Vila Farrapos, Unidades Básicas de Saúde nos bairros Humaitá e
Farrapos e o Centro de Saúde Municipal no bairro Navegantes, sendo que este integra a rede de
atenção especializada. Junto ao Centro de Saúde funciona a farmácia distrital Navegantes que
atende aos bairros Humaitá, Farrapos e São Geraldo além dos demais integrantes da região
norte.
A Secretaria da Saúde que está ampliando as Políticas Públicas de Saúde aos idosos com
atendimento em 150 Unidades de Saúde que compõem a Rede Básica de Saúde com consultas
clínicas, grupos educativos e ações intersetoriais com a FASC e outras secretarias. Também são
realizados encaminhamentos para especialidades e aos 4 pronto atendimentos que também
integram a Rede de Assistência à Saúde do Idoso, acrescido do atendimento pré-hospitalar
(Samu). Mas o que se verifica é que os serviços oferecidos, em sua maioria, não estão próximos
aos moradores dos bairros sendo que alguns não contam nem com Centros de Saúde, nem com
Centros de Referência de Assistência Social. (PMPOA, SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE). É
justamente o bairro Navegantes que conta com os serviços da FASC e da Secretaria da Saúde
que, em se tratando de atendimento ao idoso, é incrementado com programa específico
desenvolvido pelo SESC, trata-se do "Maturidade Ativa".

*PROJETOS VOLTADOS A SAÚDE
Apesar da existência de projetos e propostas promissoras, o 4º Distrito é um forte retrato do
contraste entre o abandono e o funcionamento de Porto Alegre. Apesar de ser formado por
bairros com diferenças significativas entre si, ao passar por algumas das ruas principais que
formam essa grande região da Capital é possível perceber que o que prevalece é a falta de
iniciativa pública e privada.
Em dezembro de 2016, a prefeitura apresentou um masterplan elaborado pelo Núcleo de
Tecnologia Urbana (NTU) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), com apoio da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Todo o território foi mapeado
para a criação do projeto. Alguns dos aspectos do Masterplan divulgados na época eram a
multiplicação em até oito vezes das áreas verdes, instalação de polo médico, empresas voltadas
à tecnologia, comunicações e inovação.
A prefeitura reduziu a alíquota do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) de 5%
para 2% para as empresas do setor de pesquisa e desenvolvimento na área de tecnologia da
saúde, abrangendo, neste caso, toda cidade. O Projeto de Lei Complementar do Executivo foi
aprovado pela Câmara Municipal em dezembro de 2015, e integra outras iniciativas do governo
municipal, objetivando incentivar a instalação de um cluster da saúde em Porto Alegre.
O projeto é a criação de um Cluster de Saúde no 4º Distrito, prevendo um hospital
metropolitano que visa a gerar quatro mil empregos e outros dois mil em atividades spin off. A
iniciativa também contemplará um terminal intermodal e um centro comercial. Atualmente, o
Masterplan tramita na construção de Estudo de Viabilidade Econômica para área.

*PROJETOS DE INOVAÇÃO
O 4º Distrito, aos poucos volta, a reivindicar a importância de outrora.
Graças a iniciativas de empreendedores e criativos, que optam por instalar seus
negócios e promover suas atividades na área. Não apenas por conta do incentivo
tributário fornecido pela prefeitura, mas por acreditarem que o 4º Distrito tem potencial
para conquistar um lugar cada vez maior no coração dos porto-alegrenses.
ZISPOA (Zona de Inovação Sustentável de Porto Alegre):
*A Zona de Inovação Sustentável de Porto Alegre (ZISPOA) é um movimento
independente que pretende transformar Porto Alegre em um dos lugares mais
inovadores e sustentáveis da América Latina.
Ela engloba startups e projetos criativos com viés atrelado a ideais sociais e
sustentáveis.
*Young Energy
A primeira estação de recarga para carros elétricos, com luz solar no Brasil, está
instalada na parte externa do Shopping Total. A estação é pública e funciona através
de credenciamento. No cadastro é realizado o vínculo com seu cartão de crédito e
será cobrada uma taxa por carga. O sistema funciona através de plugue com fio
elétrico, semelhante a uma tomada. Além disso, dois carros podem ser recarregados
ao mesmo tempo!
*weBike
Com o foco em apontar soluções para a mobilidade urbana de Porto Alegre, o weBike
funciona com uma ideia em prol da coletividade. Funciona assim: tens uma "bike"
parada em casa? Empreste ela para quem precisa! A plataforma do weBike permite
que os usuários compartilhem as "magrelas" entre si através dos wePoints, locais com
paraciclos espalhados pela capital. Tudo isso em prol de uma cidade mais sustentável.
*Espaço Floresta
Com o objetivo de aproximar o morador de Porto Alegre às raízes da terra, estão
sendo instaladas e desenvolvidas hortas e centros de compostagem comunitário no
4º distrito de Porto Alegre.
*Lixo Zero
O Lixo Zero prevê o máximo do reaproveitamento de resíduos e a redução de lixo
aterrado ou incinerado, encaminhando os materiais recicláveis de volta para a cadeia
produtiva. A ZISPOA promove o Lixo Zero em escolas e em diversos locais para que
todos tenham conhecimento sobre o benefício de reutilizar o que é facilmente
descartável como matéria prima, minimizando então, a extração de recursos naturais.
*Vila Flores:
O Complexo Vila Flores é uma das principais iniciativas inovadoras e colaborativas de
Porto Alegre no 4° Distrito. Imponente prédio histórico da década de 1920 que abriga
uma série de empresas (residentes) que promovem atividades sociais e culturais. No
complexo multifuncional residem também empreendedores da indústria criativa de
diversas áreas trabalhando em colaboração entre eles e com a participação da
comunidade.
*O Distrito C é um cluster criativo que reúne dezenas de empreendedores e artistas
que ajudam a transformar o bairro em um polo de economia criativa. A ideia é fazer a
região florescer novamente através da inovação social e de novas formas de interação
entre artistas, empreendedores e a própria região.
Galerias de arte, estúdios de design, escritórios de arquitetura e espaços
gastronômicos estão tomando conta das ruas do bairro.
*Noventamil – Galeria e Experiências
Espaço pensado para fomentar a arte e a cultura. Um cantinho incrível no Distrito C
que, mais do que reunir e vender arte e design, promove a convivência e a troca de
experiências.
*Bolsa de Arte
Há quase 40 anos em Porto Alegre, a Galeria Bolsa de Arte trabalha com arte
contemporânea e é um dos nomes mais fortes no cenário de arte nacional.
Com mais de 250 exposições e participação em feiras no Brasil e exterior, a galeria
tem uma preocupação muito bacana: além de expor artistas consagrados, se
compromete a lançar novos talentos e incentivar a produção artística local.

*A La Casa de Pandora é um espaço multidisciplinar que oferece infraestrutura para
que ideias criativas saiam do papel. O conceito aqui é dar espaço e catalisar novos
projetos. O lugar realmente funciona como uma grande casa: todo mundo contribuiu
com as despesas, trabalha junto e interage com a comunidade do bairro.

*A Galeria Hipotética é o lugar perfeito para os amantes de histórias em quadrinho,
ilustração e fotografia. A galeria oferece cursos e exposições, além de disponibilizar
para venda produtos relacionados a este universo, como publicações independentes
e de pequenas editoras, postais, pôsteres e objetos desenvolvidos por artistas.
A ideia é ser um espaço múltiplo e dinâmico que propicie a troca de experiências e
dê espaço para trabalhos que muitas vezes são deixados de lado pelas galerias mais
tradicionais.

*Galpão Makers
O Galpão Makers é uma comunidade composta por vários empreendedores locais,
que compartilham um pavilhão equipado com várias máquinas para trabalhos em
madeira e metal. Além dos residentes, com livre acesso aos equipamentos, há a
possibilidade de pagar diárias para usar o espaço. O coletivo ainda promove oficinas,
workshops e debates.

*Distrito Brewpub e 4Beer:
O bairro São Geraldo tem atraído os amantes de uma boa cerveja. A Distrito Brewpub
abre as portas para cervejeiros interessados na produção colaborativa e a 4Beer tem
34 torneiras de chopp para quem gosta de experimentar vários estilos diferentes.

*Agulha
Inaugurado em agosto de 2017, o Agulha é um bar que busca agregar vários públicos
e, por isso, evita estigmas. Desde que surgiu, tem feito sucesso na noite portoalegrense, movimentando uma área antes pouco frequentada com ótimas atrações
musicais locais, nacionais e internacionais.

*Áudio Porto
O estúdio Áudio Porto foi criado com a intenção de transformar Porto Alegre em
referência na produção de áudio a nível nacional e global. Tem mais de 900 m², as
mais avançadas tecnologias e profissionais qualificados. Uma estrutura que deixa
qualquer músico babando.

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<ref>http://bit.ly/2wZ4D4k>
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<ref>http://bit.ly/2wZVtoa 24/04/2019</ref>
<ref>http://bit.ly/2WPHJXx>
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<ref>http://bit.ly/2x44ahq>

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